Mais de Ti (T1 Ep.17-6)
Charlie: A ideia do que começaste a
desenvolver cativou alguns investidores. Esta semana vais ter algumas reuniões
para fazeres uma demonstração do plano de negócios.
Rose: Estás a brincar?
Charlie: Não, estou a falar muito a
sério.
Rose: Não tenho nada preparado, já esta
semana? Tens a certeza?
Charlie: Sim e acho que tens já muito
trabalho feito. Fizeste uma apresentação, bem completa, para as meninas. A mãe
viu-a e também sei que reviu o teu start-up plan.
Rose: Não me disse nada sobre o assunto…
Charlie: Quer falar ao jantar,
provavelmente. Sabes como ela é, gosta de partilhar as notícias na hora da
refeição, quando estamos todos juntos.
Fiquei com uma nova esperança com a
notícia que o Charlie acabara de me dar. Mal podia esperar pelo jantar para
ouvir as palavras da mãe. Com a confirmação das reuniões que tínhamos para esta
semana quase que não me conseguia conter de tanta alegria, mas tive de fazer o
esforço. Nada estava garantido, estes encontros seriam apenas para demonstrar o
projecto, com todas as suas fases, despesas e receitas, após uma avaliação das
partes interessadas ai sim teria uma resposta concreta.
Depois do jantar fui até ao quarto, estava
em êxtase com a mera ideia de poder progredir um pouco mais no projecto. Porém,
para a ilusão não se apoderar por completo, peguei na caixinha de música e
rodei a sua manivela, sentei-me à janela, admirando as estrelas, deixando a sua
melodia acalmar-me. - “Onde ouvira esta música?!” - Podia jurar que vira as
estrelas dançarem, tal era o meu encantamento por esta melodia. A noite da
festa de Natal ficava tão presente sempre que a ouvi-a. Fora lá que dançara com
ele… Estas imagens não podiam ser apenas um sonho…
Eu sei que não estava apaixonada, não
podia estar! Isto, também, era apenas uma ilusão. Queria tanto acreditar que descredibilizava
as minhas palavras para não me magoar. Não podia aceitar estar apaixonada,
então negava-o. Neste momento a esperança de o ver, ou voltar a ver começava a
desvanecer. Devagar, deixava a minha paixão pela moda, por todo o trabalho que
desenvolvera com o apoio, real, das meninas, tomar um espaço maior em mim.
Comecei a sentir que para manter a sanidade teria de me agarrar a algo real do
presente. Era difícil aceitar isto. - “Se alguma vez signifiquei algo para ele
porque não me procurou? Porque não faz parte da minha vida?!”.
Talvez, prontamente me disponibilizei
para ajudar a Monic porque queria manter a esperança de que algo tão
maravilhoso pudesse ser real e não apenas uma fantasia. Talvez se visse um
final feliz para a Monic, conseguisse encontrar um para a minha história…
…Mas o destino tinha outros planos para
mim.
Joan: Mikhael!
Seth: Sim Rebecca?
Joan: Ela sabe! Rose manteve todas as
recordações de ti no seu diário e está indo à tua procura!
Seth: O que queres que eu faça? – Respondeu
com um doce amargo.
Joan: Preciso um pouco mais de paciência
da tua parte meu irmão. Precisas de te manter afastado… Acho que o melhor seria
não regressares à escola!
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