"Hypnotic Love" (T1 Ep.17-5)

Finalmente em casa! Adorei o fim-de-semana com as meninas, apesar dos pesares. Mas estava ansiosa por ver o pequeno Kat. Com a ajuda da mãe levamos a bagagem para dentro. Ao abrir a porta de casa, deparei-me com um cenário ternurento, estava o Charlie sentado no sofá a jogar videojogos com uma manta sobre as pernas e com o Kat por cima recostado no quentinho.
Charlie: Olá Rose. Como correu o fim-de-semana?
Rose: Correu bem… – O Kat libertou um miar baixinho e ergueu a cabeça na esperança de receber os miminhos que tanto adora. – Portou-se bem este pequenito?
Charlie: Enquanto estive em casa, esteve comigo, aqui no sofá, no quarto... Hoje de manhã acordei com ele deitado sobre nas minhas pernas…
Rose: Por causa do frio. Costuma miar-me ao ouvido para lhe abrir a roupa da cama. Fica aninhado até de manhã. É tão queridinho. – Estava com imensas saudades, não queria parar de lhe fazer festas. Então pôs-se de pé, deu uma volta no colo do Charlie e voltou a recostar-se. Como se me desse um sinal de “já chega, deixa-me descansar mais um pouco, se faz favor.” - Tenho aqui os planos para te entregar. Vou só levar as malas lá acima, tiro uma cópia e já te os dou, está bem?
Charlie: Claro, deixa na minha secretária. Amanhã falo com o professor Seth.

Rose: Com o professor Seth! Porquê?
Charlie: É o responsável pelo laboratório.
Rose: Oh, não sabia.
Charlie: Tomou posse no início deste ano lectivo. Tem feito boas mudanças, acho que com ele responsável tenhamos uma oportunidade.
Rose: A Dianne pensa que se autorizarmos a utilização do material que fizermos para estudos, talvez nos permitam usar o equipamento sem custos.
Charlie: Também pensei nisso, não te disse para não aumentar as expectativas, mas amanhã já te dou uma resposta certa.
Rose: Ok Charlie, obrigado.
Fui até ao quarto, desfiz as malas, preparei tudo para o dia de amanhã, tirei uma cópia dos planos para o desfile, peguei no meu caderno de esboços e antes de regressar à sala deixei a cópia no quarto do Charlie como acordado.
Sentei-me no sofá e ao recostar-me o Kat veio aninhar-se nas minhas pernas. Pousei o caderno de esboços no braço direito do sofá e tentei focar-me na palavra amor. – “Amor! Como pode ser tão difícil amar alguém? Não podes estar com… Não podes estar sem… Parece que ficas cega, ele é tudo o que vês… Como se fosse hipnótico.” – E, então, tive uma ideia. Comecei a desenhar, pondo cá para fora tudo o que me surgia. Primeiro em forma de esboço, depois com contornos mais acentuados e por fim, com alguma cor.
Olhei os desenhos uma e outra vez. Estava satisfeita com o resultado. Não é uma coleção grande, mas com o pouco tempo que temos, espero ser o suficiente para a bancada de São Valentim.
Charlie: Uau! Vais participar no fim-de-semana dos namorados?
Rose: Sim. Para angariar mais fundos. A Joan está tão focada em fazer o desfile no Palácio que conseguiu contagiar as meninas pelas suas ideias. Trabalharam tanto para acabar os planos… Tenho de dar o meu melhor nesta pequena coleção. O que achas?
Charlie: “Hypnotic Love”, ora ai está um conceito interessante. Quanto ao financiamento acho que a mãe tem uma surpresa para ti…
Rose: O que é?
Charlie: Na sexta-feira à noite ouvi-a a falar ao telefone, acho que estava a falar com um Banco. Ontem esteve a manhã fora e passou a tarde quase toda ao telefone, também. Como a ouvi falar do teu projecto, fiquei curioso. Ao jantar perguntei-lhe do que se tratava…
Rose: E então, o que é?


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