Um Mistério por resolver (T1 Ep15-11)
Sexta-feira, 27 de Dezembro
O
sol raiava e pelo meu quarto a dentro entrava a minha mãe com um tabuleiro
cheio de comida, ovos mexidos com bacon, cereais com iogurte e frutos vermelhos,
uma fatia de bolo e um sumo de laranja natural. Retirou a pequena caixa da mesa-de-cabeceira,
colocou-a na cómoda e pouso o tabuleiro.
Rose:
Mãe?!
D.
Marya: Então filha, estás melhor? – Ajeitando a roupa de cama sentou-se na
berma.
Rose:
Hum? Doí-me um pouco a cabeça… A luz está tão forte, que horas são?
D.
Marya: Quase dez da manhã.
Rose:
Já?! Tenho tanto que fazer, como me deixei dormir assim!? Au! – Ao tentar
levantar-me senti uma pancada forte na cabeça. Estava um pouco zonza.
D.
Marya: Então? Como te sentes?
Rose:
Sinto umas picadas de agulha na cabeça e… estou um pouco zonza. Por certo por
ter dormido tanto. Vou tomar um banho e por mãos ao trabalho que isto já passa.
D.
Marya: Não, não, não! Fazemos assim, tomas este pequeno-almoço reforçado,
medimos a febre e então podes ir. Está bem?
Rose:
Combinado.
Colocou-me
o termómetro e ao perfazer cinco minutos este apitou dando sinal de trinta e
sete vírgula um graus celsius de temperatura corporal.
D.
Marya: Não tens febre já é um bom sinal. Tenho o dia livre, por isso não te
preocupes. Come tudinho, está bem? – Levantou-se pousando o tabuleiro sobre as
minhas pernas.
Rose:
Sim senhora. Obrigado mãe, eu já levo o tabuleiro para baixo.
D.
Marya: É bonita a caixinha que a Joan te ofereceu! – Disse segurando a caixa
que colocara na cómoda.
Rose:
Caixinha?! – A dor era forte, mas tentei falar sem me queixar para não a
preocupar mais.
D.
Marya: Não foi ela que deixou isto aqui, quando estiveram cá?
Rose:
Sim… Eu estive com a Joan ontem… Pode coloca-la dentro da primara gaveta?! O
Kat anda ai por cima ainda a coloca ao chão.
Colocou-a
na gaveta e deixou-me com este tabuleiro cheio de comida em mãos. Tinha fome,
mas não assim tanta.
A
dor de cabeça começava a desvanecer, contudo, de cada vez que me tentava
relembrar da noite passada, sentia pequenas picadas… “Eu fui ao jantar com a
mãe e o Charlie. Estava uma noite chuvosa… Molhei-me toda, porquê? A Joan… Estávamos
a falar… Eu chorava, estava receosa… Hum… Au! Como cheguei a casa e que roupas
são estas?!”
Distraída
pela dor de cabeça, esqueci-me da caixa que a mãe colocara na primeira gaveta
da cómoda. Estava confusa e a precisar de um bom banho. Mandei mensagem à Joan,
na esperança que pudesse passar por cá, não só para trabalharmos, como para me
ajudar no puzzle que se tornará a noite passada.
Comentários
Enviar um comentário