Na Casa do Lago (T1 Ep.16-10)

Os nossos pais deixaram-nos e seguiram o seu caminho de regresso. Mas não sem antes fazermos uma última troca de preocupações…
Sr. Moniz: As meninas ficam bem?
Sofie: Sim pai. Pode ir descansado. Temos sinal de rede, o que é maravilhoso, se precisarmos de alguma coisa, não hesito.
Rose: Mãe, quando chegar a casa diga-me como está o Kat, pode ser?
D. Marya: Digo sim filha. Fica descansada. Até Domingo meninas. Portem-se bem.
…E lá foram eles.
Dianne: E cá estamos nós. Sejam bem-vindas!
Rose: Uau! Dianne, parece um pequeno paraíso. - As casas de longe pareciam mais pequenas do que vistas daqui. A simplicidade que compunha todo o ambiente envolvente dava-lhe uma beleza difícil de explicar por palavras.
Dianne: Eu sabia que ias gostar. Foi a tua apresentação que me inspirou para a ideia deste fim-de-semana. O primeiro de muitos espero.
Monic: Esperem até verem as maravilhas escondidas entre a floresta. O caminho até ao rio é fantástico.

Dianne: Já vamos a isso. Primeiro o que tem de ser primeiro. Então, o plano é o seguinte, até à preparação do almoço desfazemos as malas e arrumamos as compras. Joan, Rose e Sofie vocês ficam com o quarto de hóspedes. No armário principal ficam as peças da Coleção, coloquem-nas no suporte de cabides móvel. A Monic e eu ficamos no meu quarto e organizamos a maquilhagem e os produtos para o cabelo. Temos uma hora…
Joan: Ok chefe. – Respondeu em tom de brincadeira.
Dianne: Descemos para fazer o almoço. Arrumamos a cozinha e vamos então fazer uma vistoria das redondezas, para apontarmos os locais para a sessão fotográfica. De acordo Rose?
Rose: Sim, parece-me bem.
A Dianne assumira o controlo. Com ela a dirigir este fim-de-semana de uma coisa tínhamos a certeza. Nada iria ficar ao acaso. Fez-nos uma visita guiada à casa, parando por fim junto aos quartos.
Meia hora depois tínhamos todas as malas desfeitas e ainda nos restava algum tempo para o começo do preparo do almoço. Então a Monic levou-nos até à parte detrás da casa. A vista para o lago era de perder a respiração. Junto à plataforma de madeira era possível observar outras casas à distância. O lago daqui era realmente grande. O que justificava os pequenos barcos presos às amarras.
Joan: Adorava dar uma volta pelo lago.
Dianne: No Domingo antes de irmos, podemos aproveitar a manhã por aqui.
Rose: Isso seria óptimo.
Monic: Vamos almoçar meninas?!
Dianne: Vamos sim!
Sofie: Estás mesmo entusiasmada Monic.
Monic: Vocês têm de ver a cascata.
Rose: Há uma cascata aqui perto?!
Dianne: Sim. Era uma das surpresas.
Regressamos à casa e, todas juntas, preparamos o almoço. Cada uma desempenhando uma tarefa. Revia-nos aqui todos os anos.
A Dianne era sem dúvida abençoada por ter este magnífico espaço. Aos meus olhos, um pedaço do paraíso, um sítio especial que sem dúvida criava momentos especiais para recordar por uma vida. Eu estava-lhe muito grata por o partilhar connosco.
Depois do almoço, preparamos as nossas mochilas com água, sandes e fruta e fomos, então, percorrer os trilhos indicados pela Monic. O seu entusiasmo era contagiante. Agora percebia o porquê de adorar tanto passar os fins-de-semana com a Dianne na sua casa de férias. A casa, o lago, os prados, os animais, as montanhas, a cascata… Eram cenários perfeitos, ideais para a sessão fotográfica. Na verdade, apenas o frio, característico da estação, era o único inconveniente, pois aqui fazia-se sentir um pouco mais.
Regressamos a casa já no final do dia. O início da noite acompanhávamos nos últimos metros do trilho e à medida que a luz no céu se desvanecia, junto da casa pequenos candeeiros iluminavam o nosso caminho. A cada descoberta neste espaço compreendia melhor a intenção da Dianne. Já ouvira falar em casas auto-sustentáveis, nos últimos meses tenho estudado sobre o assunto, mas até agora nunca vira com os meus olhos. A forma como tudo aqui é reaproveitado mantendo a beleza da natureza, dá-me a esperança de que o nosso projecto será realizável.
Com a caminhada longa de hoje, todas partilhávamos um pequeno desconforto nos pés e até para isto a Dianne tinha uma solução. Indicou-nos o caminho até à garagem, onde cada uma de nós pegou numa pana. Fomos até à sala e, enquanto a Monic e eu tratávamos do jantar, a Joan aquecia água para os nossos pés e a Sofie e a Dianne subiram para ir buscar mantas, toalhas e os kits das unhas.
Jantamos, organizamos a cozinha e fomos então até aos sofás, onde passamos o resto da noite tratando na nossa manicure e pédicure, enquanto trocávamos ideias para a sessão de amanhã.
Imagino que alcançar a meta seja uma sensação sem igual, a emoção de, finalmente, conseguirmos ver o resultado de meses, anos de trabalho, contudo, agora, mais do que nunca, percebia a frase “O destino é importante, mas o que lhe dá a sua importância é o caminho que percorres até ele!”


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