Eu estive apaixonada (T1 Ep16-2)

 “(…) o seu diário chamava por mim (…) Eu sei o que vi (…) foi como se ela quebrasse um tipo de encantamento sob o qual eu estava (…) A Joan não se abre comigo (…) um dia inteiro passou e nem uma resposta (…) algo se passa (…) a Joan está a esconder algo (…) Eu sei que não devia, mas de que outra forma poderei obter respostas? (…) Eu vi-a entrar no mausoléu (…) como pode ter desaparecido?! (…) fora descoberta, pensei estar em sarilhos, mas pelo contrário. Foi generoso (…) Os seus olhos, tão cheios de paixão (…) Aí como eu desejara ser a sua Rebecca (…) como se o conseguisse sentir a abraçar-me, aconchegando-me nos seus braços (…) Todo este momento pareceu uma eternidade (…) a menina pode tratar-me por Seth. (…)”
“Seth! Então é ele o professor!?” Continuei a ler e a cada palavra descobria mais sobre o que sentira na presença daquele estranho. “(…) por um momento estávamos apenas os dois num outro mundo. (…) Invadiu o meu pensamento (…) com apenas um olhar cravara em mim a sua marca (…) o seu rosto, a sua voz… Parecia-me tão familiar (…)”. Quanto mais lia, menos parecia real. Soava apaixonada por uma ilusão… “Mas quem é ele?”

Não conseguia parar de ler! Não era apenas a Joan que, pelas minhas palavras, estava completamente diferente. Eu soava diferente, mais confiante, com mais vontade de arriscar e… Aqui estava ele, a descrição completa da primeira vez que o vira. Como me fizera sentir. Nunca antes sentira-me assim. O desejo crescente de o voltar a ver… No primeiro concerto das meninas, lá estava Seth… Por todo o mês de Setembro sonhara com ele. Folheava cada vez mais rápido em busca do seu nome e uma vez mais aqui o mencionava. “(…) Com o olhar procurava-o pelos corredores, pelo refeitório, sem sucesso. (…) O mês de Outubro passou e não o voltei a ver. Apenas nos meus sonhos encontrá-lo-ia, (…)”
Mas… Como… Como o esquecera?! Por momentos a dúvida dos relatos descritos no meu diário serem reais me invadiu. Como se tudo o que lera fosse apenas um conto… Não era possível esquecer assim alguém! Não conseguia sequer recordar os traços do seu rosto… Com quem dancei na festa?!
Nada disto fazia sentido… Com o aproximar do meu aniversário ver o seu rosto era o meu desejo, contudo, pouco mais de um mês depois os meus escritos estavam diferentes! “(…) Querido Diário, não me sinto eu. O que se passa comigo!? (…) Adormeci (…) lá estava este rosto, este estranho que me enche o coração (…) Milady, deixe-me lhe apresentar o meu irmão, o príncipe Mikhael (…) Agora o príncipe dos meus sonhos tinha um nome (…)” Mikhael?! Sonhara com a mesma pessoa?! Dar-lhe-ia um nome imaginário?
Havia este espaço por preencher, uma lacuna nas minhas recordações. Desde aquela noite, desde aquele pesadelo horrível, algo em mim mudou! Parecia que a minha memória tinha sido arrancada, a sua presença completamente apagada. Todas as lembranças que tinha dele eram apenas sonhos. O que aconteceu neste período de tempo? Estaria a enlouquecer?
Ele estava no Mausoléu, estava no festival e depois nada mais do que ilusão! “(…) os pesadelos passaram, já não tinha medo de sonhar, pois sabia que o voltaria a ver (…) Mikhael o príncipe dos meus sonhos hoje é de carne e osso (…) o toque das suas mãos, levaram-me a outro tempo, outra época (…) Como poderia sentir tanto amor por um estranho (…) Joan e Mikhael estavam no armazém, eu vi o que faziam ao corpo de Elizabeth (…) Estava assustada (…) O professor Seth trouxe-me a casa (…) porque Joan o chamou de Mikhael? (…) Eu não lhe queria falar assim, estava confusa, revoltada (…) Joan levara consigo o meu porto de abrigo (…)” A Joan é o quê?! O que ela me fez??!


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