Uma Mensagem do Passado (T1 Ep.15-4)
Seth:
O que fizeste?!
Francis:
Eu ataquei-a com toda a electricidade que percorria o meu corpo e com um único
gesto o desviara. Ela não era humana, chegou a mim num flash, o seu rosto…
Temia que o meu fim estivesse próximo e ataquei novamente… Antes de um terceiro
ataque agarrou-me o braço dizendo – eu não sou tua inimiga! – Quem era ela, o
que era ela, eram dois mistérios para mim. Contudo, com o seu toque senti que
podia confiar-lhe a minha vida. Levou-me até à entrada do subsolo e disse-me
que nas grutas encontraria a minha espécie. Num flash desaparecera. Eu tinha
visto mais do que apenas confiança. Acho que ela o permitira, queria
transmitir-me uma mensagem.
Seth:
Qual mensagem?
Francis:
O dia chegaria em que eu revelaria a verdade!
Joan:
O que significa?!
Francis:
Na altura não fez sentido algum. Ainda estava completamente avassalado pelos
acontecimentos da noite. Percorri os túneis com as suas palavras no pensamento.
Mas não me conseguia concentrar, as minhas ideias estavam dispersas. Apenas
queria encontrara uma cara familiar. Então os vi. O meu tio correu na minha direcção.
Com o olhar procurava mais alguém, mas apenas eu estava ali e ninguém me
acompanhara. Agarrou-me forte como a minha mãe costumava fazer. Tentei
concentrar-me nela, encontrar algum amparo na sua memória… Alguns dias passaram
até regressamos à superfície e nesse tempo aprendi que não tinha sido o único
levado até ali pela Benfeitora. Os poucos que sobreviveram fora com a sua
ajuda. A sua lenda não era estranha ao nosso povo. Os contos da Infanta
percorreram este mundo, dando a esperança de que alguém olhava por nós.
Sentíamos a sua presença, mas ela nunca se mostrara, eu tinha sido afortunado
por ver o seu rosto… Voltamos à aldeia na esperança de encontrar mais alguém…
Não havia um único corpo. “Porque nos fariam isto?!” Apenas queriam destruir,
nada mais. Ficamos na aldeia e com a ajuda de todos aos poucos fomos reavivando
as memórias dos que partiram naquela noite. Anos passaram até conseguirmos
recuperar alguma da sua alegria. E ela guiava-nos pela sombra. O que queria que
soubéssemos mostrava-nos através de pista, de desafios… Era como se nos
treinasse.
Joan:
Para o quê?
Seth:
Para um confronto! Ela sabe da profecia, ela ensinou-vos!
Francis:
Pelos anos que nos antecederam ela caçou os que caçavam o nosso povo, aprendeu
os seus truques de magia negra e defendera-se com a mesma magia. Sacrificara-se
para nos proteger.
Seth:
Minha doce Nina!
Francis:
Então esse é o seu nome!? Tão bonito. – Mikhael e Joan olharam-se pensando o
mesmo com o pronunciar doce de Francis sobre o nome de Nina. - Aprendeu mais.
Aprendeu que, quantos mais caçava, mais surgiam. Alguém estava por detrás de
todos estes feitos, alguém tão poderoso como ela. “Porquê” era a resposta que
procurava. E com ela aprendi… Que a sua mãe era a resposta!
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