A Magia do Azevinho não veio sozinha (T1 Ep.14-12)

Rose: Au! Aaaaah! – Por segundos ficou tudo preto, turvo. Senti uma pancada forte, uma dor profunda... Levei as mãos à cabeça, tentado parar a dor. Olhei-o… o seu rosto, a sua memória de hoje parecia um sonho que outrora tivera. E, antes de desmaiar, pronunciei o seu nome num idioma que não conhecera. – Mikhael?!
Seth: Rose? Rose?!
A mãe ouviu o meu grito e correu para a porta. Expressava aflição, talvez ansiando que os seus receios estivessem errados. Pensou, então, Mikhael.
D. Marya: O que aconteceu?! – Vendo o meu corpo inanimado caído sobre os braços de Mikhael, confirmava as suas suspeitas. Sobre nós estava o azevinho, não era o de plástico, como sempre usara. E então soube, um novo ciclo começara.
Seth: Não sei! Ela estava bem até aqui chegarmos.
D. Marya: Trá-la para dentro. Eu vou buscar um copo de água.
Seth: Rose! – Pousou-me no sofá delicadamente. – Minha doce Rose, perdoa-me.
D. Marya: Vai ficar tudo bem. – Inclinando-me a cabeça deu-me de beber a água que trouxera. – Ela só precisa de descansar. Ajuda-me a leva-la até lá acima, por favor.

Comigo nos braços de Mikhael subiram até ao meu quarto. A mãe arredou a colcha da cama. Pedindo-lhe que me deitasse e retirasse os sapatos foi buscar uma manta ao guarda-fato. Mikhael, com o seu olhar preocupado assim o fez. A cada toque seu algo mais era revelado.
D. Marya: Agora não há muito mais a fazer. Apenas deixar a sua mente tomar o seu rumo. – Mikhael olhou-a confuso. O que saberia ela? E porque parecia falar em enigmas? Algo nela era-lhe familiar, mas ele não sabia o quê. – Creio que tenhamos de conversar!
Mikhael assentiu, seguindo-a olhou-me uma última vez antes de deixar o meu quarto.
D. Marya: Por favor. – Disse indicando-lhe o caminho até ao escritório. Ao observa-lo sentia a sua confusão, sentia-o perdido, perdido do seu prepósito. “Mikhael” o poderoso Deus que em tempos o seu povo esperara. Ele que fora todo-poderoso outrora cedeu ao seu coração deixando a profecia se concretizar.
Seth: Eu peço desculpa, é tudo culpa minha!
D. Marya: Eu enganei-me, ela não está segura perto de ti. Penso que seria melhor para ambos manteres a distância. Ela vai acordar confusa, não precisa de alguém que lhe relembre o passado, mas sim de quem lhe mantenha as raízes ao presente, que lhe dê estabilidade.
Seth: Eu compreendo. - De coração apertado Mikhael concordou em manter a distância, ele temia, mais do que tudo, que o passado se repetisse. – Posso pelo menos esperar que acorde…
D. Marya: Eu… Eu não acho que seja uma boa ideia. Não sabemos o que esperar. Aqui ela está segura.
Ele sabia, sentia-o no coração, que algo não estava bem. Mas cumpriria a sua palavra. Virou costas e desaparecera num piscar de olhos.
Com um sorriso maléfico subiu até ao meu quarto. Debruçando-se na porta de entrada a sua verdadeira aparência era revelada. Simona protegera o quarto de minha mãe, enquanto esta dormia, com um feitiço de ocultamento e assim conseguiu o seu propósito… Afastar Mikhael.
Simona: Eu espero que o teu regresso seja rápido para então acabarmos o que começamos…


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