Um amor à muito perdido (T1 Ep.14-14)
Precisava de o ver. Desci a correr, na esperança de que ele lá estivesse…
Rose: Bom dia mãe!
D. Marya: Bom dia filha! Vamos almoçar?
Rose: Sim! – A minha voz termia, queria chorar… Esta dor por dentro era tão forte.
D. Marya: O que procuras?
Rose: Só estamos cá nós? – Engoli em seco, segurar as lágrimas era difícil.
D. Marya: Não. O teu irmão está lá em cima e o Kat deve estar no teu quarto, não o viste? Quando espreitei estava deitado na sua caminha!
Rose: Oh… Ok! – Ele não estava aqui. “Que parva que sou! O que estaria ele a fazer aqui? Deixou-nos em casa e partiu. Ele viu a minha dor e partiu… Ele abandonou-me.”
As palavras de Simona ressoavam no meu pensamento como minhas, mas ainda assim eu precisava saber o porquê! A ansiedade apoderava-se, a minha mente buscava, constantemente, uma resposta. -“É natal está tudo fechado. A escola está fechada, as lojas estão fechadas. Por onde andará? Como o poderei encontrar?”
Não tinha qualquer forma de o contactar, não sabia o seu paradeiro, então dei comigo a pensar - “ele nunca me deu oportunidade de chegar demasiado perto, esteve mesmo ao meu lado, mas nunca me deixou entrar. Ele nunca me amara…”
O tempo voou. Ajudei a colocar a mesa para o almoço, mas em verdade nem dei pelo que fazia.
Charlie: Já acabaste Rose? Rose? Cucu…
Rose: Desculpa Charlie! Eu lavo a loiça.
Charlie: Ok, obrigado! Vai um joguinho a seguir?
Rose: Sim pode ser.
Enquanto lavava a loiça, a chuva fazia-se ouvir. A sua intensidade, a sua força, eu queria ser assim. Destemida!
A noite chegou e forcei-me a ficar acordada o mais que pude… ele nunca veio. “Ver-te acalma-me”, palavras agora sem sentido…
Quinta-feira, 26 de Dezembro
A manhã raiou, os meus olhos estavam pesados. Todo o meu corpo estava pesado. Embora acabasse de acordar estava sem energia. Enquanto me preparava o meu pensamento fugia para ele. “O que fiz de errado? Porque iria ele embora, porque me abandonaria?!”
A comida não tinha sabor, o apetite faltava-me. Olhava a porta de vidro com a esperança que eu não queria deixar morrer. Ela estava aqui, ainda a sentia, sentia a sua dor, mas ele não me abandonaria…
D. Marya: Que carinha é essa?
Rose: Hum? Desculpe, estava distraída.
D. Marya: Está tudo bem?
Rose: Sim… Tenho muito no meu pensamento só isso.
D. Marya: Um passo de cada vez que tudo se resolve. – Sorri numa tentativa de a tranquilizar. - …Ah, é verdade.
Rose: Sim! – A esperança reavivava-se.
D. Marya: Sra. Beatrice está dando hoje um jantar para os amigos da família e gostariam de ter a nossa presença. Eu confirmei para nós os três.
Aqui está, a esperança por que esperava. A noite não veio rápido o suficiente. A angústia da sua ausência consumia-me a cada segundo.
Ao chegar a casa da Sra. Beatrice o meu olhar vagueava à sua procura. “Ele não pode estar aqui!” Fui até ao alpendre, procurei entre as decorações, mas nada. O dia estava chuvoso, não havia visitas e os únicos dois seguranças que avistara estavam na entrada.
Corri, atravessando a chuva, em direcção ao Mausoléu. Estaria ele lá abrigando-se? O meu coração estava acelerado. Eu sentia a sua presença… Eu sabia que estava aqui, eu queria que estivesse, precisava…
Rose: Mikhael?! Eu sei que estás aqui. MIKHAEL… - Gritei com a força do meu coração que restava, uma última suplica para o amparar. Ele não respondeu e eu caí sobre os meus joelhos. - Por favor! Eu preciso saber….
Joan: Rose?! O que fazes aqui? Porque estás assim, o que aconteceu? – Joan vira-me correr em direcção ao Mausoléu e seguira-me.
Rose: Stella!? O que é que eu fiz de errado? Porque ele me abandou?
Fim do 14º Episódio – Por Amor
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