Dá-me uma resposta (T1 Ep.13-7)
A
aula começou e, com a Joan ao meu lado, o meu constrangimento era notório. “Eu
não sou assim, não devia ter deixado as minhas acções serem influenciadas.
Depois da aula peço-lhe desculpa.” Estava envergonhada pela minha atitude de há
pouco, pelas minhas palavras originadas pela magoa. Agora era o momento de
ouvir o coração, a Joan merece um pedido de desculpas e é isso que vou fazer.
A
campainha soou, sentia o nervoso miudinho a apoderar-se, respirei fundo e segui
atrás da Joan.
Rose:
Joan, espera! Posso falar contigo por um momento?
Joan:
Claro!
Rose:
Desculpa pela minha atitude de há pouco e pelas palavras do outro dia…
Joan:
Eu percebo. Está tudo bem, não te preocupes.
Rose:
Não, não está tudo bem! O que se passa entre nós?! Costumávamos contar tudo uma
à outra e agora parece que só existe segredos entre nós…
Joan:
Há fardos demasiado pesados para por sobre os ombros de outro. Eu não tenho
esse direito.
Rose:
Eu sei! Eu percebo-te, mas não há nada que não consigamos ultrapassar juntas.
Abre-te comigo, confia em mim, eu ajudo-te a carrega-lo.
Joan:
Desculpa, mas eu não posso. Não tenho o direito de colocar a tua vida em
perigo. É demasiado cedo, temo que o passado se repita…
Rose:
Sabes, eu sei que pensas que conheces o melhor para mim, mas não há mentira com
desculpa e não contar é tão grave como mentir.
Joan:
Rose…
Nas
escadas Mikhael sobressaia a cada degrau.
Rose:
E ele!? Como se enquadra em toda esta história?
Joan:
Eu…
Rose:
Esquece… Não podes contar, já sei. – Quanto mais Mikhael se aproximava, mais
rápido o meu coração batia, as minhas pernas tremiam. O meu coração para ele queria
correr, porém o meu pensamento pedia para me afastar e antes que voltasse
costas para me distanciar, acrescentei. - Espero, sinceramente, que aceites o
meu pedido de desculpa. E… - Olhei por breves momentos para Mikhael. - Quando
estiveres pronta para falar sabes onde me encontrar. – Nas minhas palavras
estava uma mensagem para ele, que sabia que não iria ser ouvida, ainda assim, a
esperança de o ter por perto consumia-me.
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