Alegria e Felicidade sem Idade (T1 Ep.13-10)
Terça-feira, 17 de Dezembro
Querido
Diário,
O
último dia de aulas deste período chegou e com ele chega o Pai Natal à escola.
No seu caminho até ao Ginásio vai distribuindo rebuçados e, a cada rebuçado, distribui
também um sorriso. Eu sei, já temos idade para agirmos como crescidos. Mas… O
que realmente é ser adulto? É perder a alegria de ver o Pai Natal, porque somos
adultos?! É não podermos festejar estas épocas como crianças?! Não! Eu não
quero perder a felicidade da minha infância, não quero deixar de viver alegre
como uma criança, não quero deixar de aprender, nunca! Acima de tudo, não quero
ver a diferença como o adulto, mas sim ver a igualdade na diferença como uma
criança, sem medo de amar o desconhecido, sem medo de aprender. Quero sim
abraçar a responsabilidade acrescida de cuidar e ensinar os mais novos, quero
sim abraçar a responsabilidade de ser independente. Estes sim, são os aspectos
de ser adulto que quero e vou abraçar com os valores passados pela minha
família e por esta escola, com as ferramentas que só a educação e a formação
nos podem dar…
À
medida que vamos chegando à escola deixamos os comes e bebes que trouxemos com
os alunos da Associação e professores que monitorizam a festa, os presentes deixamos
junto do recinto do Pai Natal.
Depois
do espectáculo acabar o Pai Natal e os seus Duendes chamam, à vez, os alunos e
entregam as prendas.
Qualquer
pessoa pode ter o nosso nome, como sabemos de quem é?! Bem, segundo os mais
velhos, houve um aluno que, ao seu presente, juntou um postal, feito por si,
para desejar as boas festas e deixou a sua identificação, nome, ano e turna,
pedindo a quem o recebesse que o deixasse saber se tinha gostado do presente. O
aluno que recebeu a prenda, no início do período seguinte procurou-o, quando se
conheceram as suas palavras foram – “Obrigado, eu gostei muito do presente, mas
gostei muito mais do postal que fizeste. Perderes do teu tempo para colocares
um sorriso na cara de um estranho não tem preço, Muito Obrigado!”. Tornaram-se
grandes amigos e no Natal seguinte fizeram uma campanha na escola para que os
alunos juntassem, aos seus presentes, um postal feito por eles, deixando a sua
identificação.
Enquanto
distribuíam os panfletos pela escola o professor responsável pela criação do
“Natal em Partilha” observava-os, vendo a sua felicidade na acção que faziam
murmurou para si - Eu sabia! Mais cedo ou mais tarde eles irão entender.
Desde
então muitas amizades foram criadas. O gosto por nos unirmos em ajuda do
próximo cresce de ano para ano. Os alunos criaram grupos de estudo em que os
mais velhos ajudam os mais novos, o que devo acrescentar é uma óptima forma de
estudar. Quando a Associação de Estudantes tem uma nova responsabilidade há
sempre alunos disponíveis para ajudar, mesmo os que não pertencem a associação.
O espírito criado aqui vai muito além da época Natalícia.
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