A Lenda sobre Nós (T1 Ep.13-5)

(Lua Cheia) Domingo, 17 de Novembro
Entre leituras e feitiços, Joan, procurava respostas às suas dúvidas. Mas sem o uso das pedras, sem acesso aos guardiães não era suficientemente forte, não estava preparada para um desgaste tão grande de energia, a sua saída, um evento celestial.
Joan: Como é possível ela saber?!
Seth: Rebecca, estais demasiado focada no problema, concentra-te na solução, será mais fácil encontrares as respostas que procuras.
Joan: Solução?! A única solução seria uma bruxa… Ou… um bruxo experiente. Francis! É isso, só pode ser. É nele que está a resposta. – Indicando a direcção da bola de cristal, continuou. - Mikhael, por favor.
Agora, junto do pedestal, Joan pegou na mão de Mikhael e com um sabre antigo, forjado na época do seu reino, fez um golpe na sua palma. Voltou-lhe a mão e a sobrepôs na bola de cristal.
Joan: Linhas do tempo guiem-me até ao meu desespero, até ao meu sofrimento. Voltem atrás, voltem ao momento que se faz.

O sangue de Mikhael entrou na bola de cristal, em espiral rodeou-a até ao seu fundo. O momento em que Anna lhe ameaçara era revelado, seguindo o momento, na biblioteca, em que Francis conhecera Rose através de Elizabeth.
Joan: Feitiço de Protecção! Mas que inteligente.
Seth: Ele nunca teve intenção de magoar a Rose, pelo contrário, protegeu-a. Creio que não confiava assim tanto nas suas amigas.
Joan: Decerto foi ele o criador do feitiço de protecção no edifício do ginásio. Ele é sangue do nosso sangue. Devemos-lhe uma explicação. Embora aquelas duas não o tenham corrompido, deve estar confuso. Fui demasiado severa com ele.
Seth: Folgo em saber, minha irmã. Estais mais amadurecida. E mais forte dia para dia.
Joan: Bem, a vida tem as suas formas de nos ensinar a crescer.
Rose e Kat
Tal como Joan, Francis, também estava em busca de resposta. Na sua família várias eram as histórias do antigo mundo, dos grandes feitos da Grande Bruxa Branca, contadas de geração em geração. Histórias que alimentavam a bondade e a esperança de um povo em extinção. Mas havia uma, em especial, a Lenda sobre o seu regresso, que fazia Francis procurar, nos despojos da sua família, um livro antigo que a sua mãe, na hora de dormir, lhe lia em criança.
Francis: Aqui estás tu!
Folheando página atrás de página, a história reavivava-se na sua memória. Conseguia ouvir as palavras da sua doce mãe contando como a Grande Bruxa Branca e os seis Guardiães sacrificaram-se para que o seu povo continuasse…
“Mãe de Francis: Na iminência do ataque ao castelo, a Princesa Anastacia, a Guardiã da Vida, entregou, o seu bem mais precioso, à Grande Bruxa Branca implorando que salvasse o seu povo. Esta lutou com todas as suas forças, mas não podendo usar magia negra os seus destinos estavam traçados. Então, a princesa deixou-se capturar, para que a infanta Rebecca fugisse.
Pequeno Francis: O que aconteceu à princesa?
Mãe de Francis: Cedeu a sua vida, cedendo a sua energia à Grande Bruxa Branca. Os inquisidores arrastaram-na para o pátio, amarrando-a ao crucifixo da fogueira. Queriam fazer dela um exemplo.
Francis: Porquê o príncipe não a protegeu?
Mãe de Francis: O Príncipe Mikhael, Guardião do Tempo, com o coração puro como a sua princesa, havido cedido, já, aos inquisidores para os despistar. Sem esperar, ou prever o que se seguira…
Francis: O que foi mama, o que foi?
Mãe de Francis: Com as suas armas protegidas pela magia negra, obrigaram o príncipe a assistir à execução da princesa.
Francis: OH! Não, mas eles são bons…
Mãe de Francis: Sabes Francis, o sacrifício deles não foi em vão. A Infante Rebecca conseguiu fugir, protegida pelos Guardiães remanescentes, Aqua, a Guardiã da água, Ignis, o Guardião do Fogo, Aer, a Guardiã dos Ventos e Terra, a Guardiã da Natureza. Com as últimas palavras da Princesa no pensamento da Infanta, esta apelou aos guardiães e, antes que deixassem o castelo, juntos cederam as suas energias à Grande Bruxa Branca, para que esta devolvesse a liberdade ao seu povo. Ao nosso povo. As suas vidas pela eternidade estarão ligadas. Os seus actos, os seus sacrifícios serão recordados para sempre e sempre terão a nossa gratidão. A melhor forma de o fazermos é mantermos os nossos corações puros, vivermos sob o princípio de que a Vida é sagrada e ninguém tem o direito de a tirar.
Francis: Eu vou-te proteger para sempre, mama.
Mãe de Francis: Oh meu querido, eu sei que sim. E nunca te esqueças a Grande Bruxa Branca e os Guardiães são parte de nós. O dia chegará em que eles regressaram a este mundo para devolver a harmonia e a liberdade ao nosso povo e a todos que sejam perseguidos. Vive e deixa viver, meu pequeno Francis.
Pequeno Francis: Quando crescer vou ser um herói também!“
Francis: Oh, meu Deus! – Estava incrédulo com o que acabara de descobrir. – A Profecia… elas devem saber.


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