A Verdade é Divina (T1Ep.11-11)
Terça-feira, 5 de Novembro
Hoje,
acordei muito antes do despertador, estava desejosa de chegar à escola, mas primeiro
queria passar no hospital, a ansiedade por ver as meninas falava mais alto!
Ontem
foi um dia, ao qual eu chamo, de doidos. Começou bem, muito bem até, passou
pelo mau, chegou ao muito mau, voltou ao menos mau, andou no péssimo e acabou
no bom.
O
meu pensamento estava a mil. As palavras de Elizabeth ainda estavam marcadas,
embora uma parte de mim não quisesse acreditar em tudo o que ouvira ontem, “A
Joan não é assim! Os desenhos, o diário, ainda que convincentes, poderiam ser,
facilmente, forjados”, a outra parte não conseguia deixar de sentir verdade nas
suas palavras. Tinha esta dualidade dentro de mim, talvez na tentativa de descredibilizar
Elizabeth.
Por
mais que tivesse o pensamento cheio com tudo o que aconteceu, por mais que a
curiosidade me acompanhasse, a minha mente fugia para outros braços. Enquanto
me vestia, idealizava-me num jardim, onde se encontrava Mikhael. Na tentativa
de me apanhar perseguia-me pelos arbustos, entre risos e gargalhadas, conseguiu
finalmente me alcançar. Na relva macia nos deitamos e sob o céu azul juras de
amor proferimos. Tal como no meu sonho.
Desci
as escadas, em direcção à cozinha, de sorriso malandro no rosto.
D.
Marya: Bom dia filha. Estamos bem-dispostos e madrugadores, uma combinação
rara.
Rose:
Bom dia mãe. – Com um beijo no rosto a cumprimentei.
D.
Marya: O Charlie já me contou o sucedido. Estás indo para o hospital também?
Rose:
Sim, ele já saiu? Aproveitava a boleia… - Espreitei pela janela da cozinha, mas
o carro do Charlie ali já não estava, ao ver os sacos do lixo, antes que a
minha mãe perguntasse, acrescentei… – Mãe, hum… Aqueles sacos do lixo, que
estão ali a mais… São os cortinados, o édredon e outras coisas partidas do meu
quarto.
D.
Marya: O que se passou?
Rose:
Não sei. Ontem quando cheguei tinha o quarto todo revirado, com marcas das
garras do Kat. Mas eu reponho tudo, não se preocupe.
D.
Marya: Do Kat! Um pouco estranho, ele não se comporta assim.
Rose:
É como disse, está a entrar na adolescência.
D.
Marya: Ou pode ter sido seguido por outro. Está tudo limpo lá em cima?
Rose:
Está sim senhora! O Charlie ontem ajudou-me a limpar e fiz, também, uma lista do
que se estragou. Não cheguei, foi, a adiantar nada nos planos orçamentais, nem
nas peças.
D.
Marya: No fim-de-semana eu ajudo-te com a parte da contabilidade. Vocês já
estão muito adiantadas, mas nada de deixar os estudos de parte.
Rose:
Não senhora!
A minha mãe danos total liberdade e não me
lembro de, em algum tempo, ficar de castigo. A única coisa que nos exige é, que
sejamos honestos nas nossas palavras e nas nossas acções. “Se assumirmos os
nossos erros, meio caminho para os solucionar já está feito. A outra metade,
com trabalho e humildade se faz.”
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