A Ilusão (T1 Ep.11-13)
Seth: Joan. – Agarrando-a pelo braço fê-la recuar. - Como te sentes?
Joan: Eu estou bem! Bem melhor…
Seth: Descobriste alguma coisa com a Rose?
Joan: Claramente foi bluff. A Rose nunca saiu da biblioteca ontem!
Seth: Tens a certeza?
Joan: Sim! Elizabeth, sob o pretexto de precisar de ajuda com matemática, manteve-a distraída, enquanto, provavelmente, Anna lhe retirou o telemóvel para me chantagear. Rose nunca esteve em perigo.
Seth: Ela chamou-me de Mikhael.
Joan: O quê?!
Seth: Ontem de manhã chocamos à entrada da escola.
Joan: Eu sabia, nunca me dás ouvidos! Fizeste de prepósito.
Seth: Distraí-me quando te senti em perigo. Não foi intencional.
Joan: Ontem de manhã?! Elizabeth… Tentou intimidar-me, mas nada que não conseguisse resolver.
Seth: Rebecca, nós sabemos muito bem do que aquelas duas eram capazes. As suas artimanhas não tinham limites e tu não estavas, nem estás forte o suficiente…
Joan: Porque estavas a sair da escola tão cedo? Eras tu o professor substituto?
Seth: Sim, mas resolvi o assunto.
Joan: Não apareceste… A Rose atrasou-se… E mesmo assim vocês acabaram por se encontrar… Não sei se estás a ver onde quero chegar!
Seth: Eu não tinha como saber Rebecca!
Joan: Vocês parecem magnetismo, sempre a puxarem-se um para o outro.
Seth: Eu amo-a Rebecca. Amei-a por um milénio e amá-la-ei por toda a eternidade.
Joan: Eu sei meu irmão. Eu sei, mas não te podes deixar aproximar tanto.
Seth: Rebecca, temos outro problema em mãos.
Joan: Qual?!
Seth: Preciso que venhas comigo.
Joan: O que se passou?! Diz-me!
Seth: O corpo de Elizabeth devia ter sido destruído… Mas não foi!
Ao colocar a mão na porta do quarto de banho Mikhael seguiu para a sala de professores…
Seth: “Encontramo-nos logo” – Disse a Joan pelo seu pensamento.
Rose: Joan!?
Joan: Estou aqui. Estás pronta?
Rose: Sim, mas…
Joan: Então vamos lá?!
Sobressaiu do estreito corredor junto da sala dos professores, interrompendo-me e apressando-nos a seguir em direcção da biblioteca. “O que estava ela a fazer ali?!”
Rose: Ficamos aqui junto da janela, gosto do sol de outono e assim a Elizabeth quando chegar vê-nos bem.
Joan: A Elizabeth? As explicações não foram de um dia apenas?
Rose: Não. Ela tem os resultados de matemática muito em baixo, então, pediu-me ajuda. Vamos começar a época de exames, pode ser que lhe consiga dar o impulso que precisa.
Enquanto esperávamos fomos adiantando os trabalhos para casa, dados na parte da manhã, ou melhor, íamos tentando. A Joan estava agarrada ao telemóvel e eu sem perceber o porquê da demora de Elizabeth, fiquei com o pensamento preso nos últimos acontecimentos. “Será que se arrependeu ou terá voltado para trás ao ver a Joan?”
Rose: Vou telefonar a Elizabeth a saber se sempre vem ou não. Já venho.
Joan: Está bem.
Quando pousou o telemóvel consegui ler “armazém”. O meu sexto sentido dizia-me que a Joan estava envolvida no desaparecimento da Elizabeth.
Rose: Desligou-me a chamada. – A falta de resposta da Joan, deixou-me preocupada, receosa até. Se o que Elizabeth dissera fora verdade, posso apenas imaginar o destino cruel que a esperava. – Vamos indo para a sala de aulas? Já não dá para adiantar muito mais.
Joan: Vamos sim. – Disse arrumando os seus cadernos.
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