Um ato de clemência, dois castigos (T1 Ep.11-9)

No velho armazém permaneciam lá os três, que com as suas certezas, muitas foram as dúvidas que me provocaram, mas não só a mim se estendeu a sua provocação…
Francis: Meninas! Têm de sair daqui. – Disse, pressentindo uma grande energia, uma força sem igual.
Anna: O que se passa, Francis?
Francis: Rápido! Vá, vamos…
Elizabeth: Se não precisássemos dele, já estava com os seus espíritos. – Afirmou para Anna num tom baixíssimo.
Francis: Não sei como é possível… Só se… Só se…
Elizabeth: Só se o quê? Desembucha homem!
Com um clarão Joan e Mikhael fizeram-se aparecer.
Francis: Só se… Fosses a Grande Bruxa Branca!
Anna: Tu? Como?!
Francis: Vocês engaram-me! Anna?!
Joan fixou Francis. – Tu és livre de partir. – Com um gesto da sua mão abriu a porta do armazém.
Anna: Francis, por favor… - Com as lágrimas a sobressaírem continuou. – Francis, não me deixes… Francis!

Francis olhou Anna com desilusão e acatou a vontade de Joan.
Joan: Francis! Uma última coisa… - Ergueu novamente a sua mão em direcção de Francis. - Memórias não terás, de quem aqui deixas para trás! – Voltou o seu olhar para Elizabeth e Anna. - Agora nós!
Francis começou a andar, sem olhar para trás, sem recordação alguma de Anna, Elizabeth, Joan ou Mikhael.
Anna: O castigo sobre o qual me manténs, não é suficiente para ti!?
Anna estava aterrorizada, mas os olhos de Elizabeth, não mostravam medo, pelo contrário, mostravam sede de vingança.
Elizabeth olhou o fluxo de energia que mantinha Joan e Mikhael unidos e fez a sua investida. Joan voltou-se e atirou Elizabeth contra a parede.
Elizabeth: Anna foge, foge!
Joan: Daqui não sai ninguém! – Selou a porta ao fechar o seu punho.
Elizabeth: Eu estou aqui, é a mim que queres, deixa-a ir, já lhe deste castigo suficiente.
Joan: O que sabes tu do que quero! Contudo, tens razão, Anna já tem o seu castigo, mas não é suficiente… Vamos torna-lo permanente.
Anna: Nãaaoo… - Com um gesto da mão de Joan, Anna desapareceu.
Elizabeth: O que lhe fizeste?!
O sangue começou a escorrer pelo nariz de Joan. Mikhael olhou Rebecca com compaixão, mas no seu interior, sabia as razões de sua irmã, sentia-a como se fossem um só.
Joan: Não voltarás a fazer mal a uma única alma. Viverás, uma longa vida humana, vendo-te envelhecer atrás das grades.
Ao tentar reverter o feitiço de imortalidade de Elizabeth, as suas forças ficavam cada vez mais fracas e o medo de a deixar em liberdade fez com que, com o seu último suspiro enfiasse uma estaca no seu coração. E ambas caíram.
Mikhael: Rebecca! – Proferiu aparando sua irmã nos braços.


Comentários

Mensagens populares