O Plano (T1Ep.11-4)
Rose:
Mas… O que estão a pensar fazer? Não a vão magoar, pois não! – Os olhares
cruzados entre eles transpunham mais do que as suas palavras. – Custa-me
acreditar que uma menina tão doce como a Joan seja capaz de tanta maldade.
Francis:
Rose, eu acredito que os feitos de Stella tenham sido impulsionados pela magia
negra. – Tanto pelo seu tom como pela sua expressão transmitia uma genuína
preocupação, algo que não vira nem em Elizabeth, nem em Anna, contudo queria
saber mais, queria aprender sobre esta ideia tão surreal como os sonhos que me
mostravam outra realidade, aos quais eu não conseguia escapar. – Num momento mais
frágil da sua vida, a perda de alguém que lhe fosse muito querido, pode ter
sido a porta de entrada. Se lhe retirarmos a magia, absorvendo os espíritos que
a controlam, Joan não sofrerá qualquer mazela. Terá uma vida normal e mortal. O
nosso povo tem origens puras, causar sofrimento não faz parte de quem somos.
Rose:
Como podes retirar-lhe uma parte do que ela é e não a fazer padecer?
Francis:
Não será um processo fácil, porém, é a única forma de manter o seu espírito a salvo.
Rose:
O que me pedem é demasiado… Eu… eu não serei capaz, ela verá através de mim,
qualquer passo que dê ela saberá!
Elizabeth:
O Francis pode proteger-te. Só seremos capazes de o fazer todos juntos.
Rose:
Está bem. O que querem que eu faça?
Francis:
Primeiro vou colocar sobre ti um feitiço para te proteger. Qualquer magia que
Stella possa usar sobre ti não terá efeitos. – Em poucas palavras, Francis,
havia feito algo que embora não conseguisse ver, sentia… É difícil explicar… Os
meus sentidos pareciam mais nítidos. – Nesta localidade o único ponto com um
pique de energia mística fica nas antigas ruínas. Quando passei por lá, senti a
sua força! Algum acontecimento trágico marcou aquele lugar. Através da sobrecarga,
Stella ficará vulnerável e, só então, terei uma oportunidade para reverter a
orientação do fluxo de energia, devolvendo-a aos espíritos.
Rose:
Ela não vai sofrer, pois não?! – A ideia de magoar a Joan aterrorizava-me, mas
o que Elizabeth contara era grave de mais. “Joan tinha realmente mudado, desde
o seu décimo quinto aniversário, também!” Os pontos batiam certo, a confiança
no que ouvira crescia a cada conto, como poderia saber…
Elizabeth:
Lembra-te que podes sempre contar comigo e por favor não lhe dês a entender que
sabes a verdade. Para a determos temos de lhe retirar os poderes, é a única
forma de a Joan ficar a salvo da magia negra.
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