Entre a Vida e a Morte (T1 Ep.11-7)

 Sofie e Dianne estavam deitadas, imóveis, em completo estado vegetativo. Na porta, junto ao quarto, estava o Mario, lavado em lágrimas, desamparado. Ao vê-las não conseguimos conter o choro.
Rose: Mário, viemos assim que soubemos.
Joan: Diz-nos como elas estão!?
Com as lágrimas a caírem-lhe pelo rosto e com a voz aos soluços, Mario, respondeu – Entre a vida e a morte.
Rose: Como foi que isto aconteceu?
Mario: Não têm explicação. Quando cheguei ao ensaio já lá estavam as ambulâncias. A mãe da Sofie, encontrou-as deitadas no chão da garagem, com sangue escorrido pelo nariz.
Rose: O quê? Oh meu Deus…
Mario: Os pais da Sofie estão a fazer os possíveis para trazerem o melhor neurocirurgião… A Monic ainda está a ser observada, estão a fazer-lhe uma série de exames… Não sei… Não compreendo, minutos antes tinha falado com a Dianne, parecia-me bem…
Joan: Rose, meninos, desculpem, mas não as consigo ver assim… Eu… Eu preciso de ir. Se tiverem alguma novidade, por favor avisem-me logo.

Rose: Vais embora?
Joan: Tenho de ir, Rose. É importante!
“Mais importante que as tuas amigas?!”
Eu sei que o estarmos parados, impotentes, perante uma situação destas, não prejudica, nem ajuda. Porém, lembrei-me de um artigo que havia lido, que referia que, embora, em estado de coma, os pacientes ouviam, sentiam os presentes e através dessa força, eles próprios encontrariam um caminho de retorno até nós.
Por isso, a minha intenção era ficar perto delas e assim que pudesse, fazê-las saber que estávamos todos aqui, torcendo pelas suas recuperações, torcendo para que as suas vontades fossem voltarem para nós.
 A Joan saiu em passo acelerado do hospital. E, já fora de todo o ambiente que o envolvia, limpou as lágrimas e, respirou fundo, contendo o choro telefonou a Mikhael.
Joan: Preciso de ti uma vez mais meu irmão, encontramo-nos na Biblioteca Ancestral?
Seth: Em cinco minutos estou lá! Estás com a voz tremida, o que se passou? A Rose está bem?
Joan: A Rose, sim, está! Mas… Sofie, Dianne e Monic foram hospitalizadas e fui eu que provoquei esta situação… - Em passo acelerado dirigiu-se a um dos táxis parados na entrada do Hospital. - …Tenho de a reverter, tenho de as salvar!

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