Nas Terras da Avó da Joan
Joan
estava revoltada, cega pela raiva. As palavras de Anna activaram algo que fazia
a sua energia multiplicar-se. Com o grito que libertou, libertou também um
chamamento. As pedras guardadas no cofre da Biblioteca Ancestral tremiam como
se se quisessem soltar.
Seth:
Joan! O que se passa? – Mikhael, também, sentira o seu desespero e, com a
rapidez que lhe era possível, apareceu junto de Joan.
Joan:
Mikhael, levaram a Rose…
Seth:
O quê? Quem?
Joan:
Aquelas duas, mais o bruxo. Ele está com elas, por isso está contra nós. – O
tom de Joan revelava uma intenção obscura.
Seth:
Rebecca, nós não matamos…
Joan:
Não! O destino que os aguarda será bem mais punidor do que a morte.
Os
olhos de Joan reflectiam pura energia.
Seth:
O que estais pensando fazer?
Joan:
Primeiro localizar Rose! Saber onde estão e neutralizar um a um…
Seguiram
para a Biblioteca Ancestral. Sentindo o tumulto no cofre, olharam um para o
outro.
Seth:
O teu chamamento deve ter despertado os guardiães.
Joan:
O meu chamamento?
Seth:
O teu desespero foi tão grande, como a tua dor, como a necessidade de protecção
que sentiste e, inconscientemente, chamaste os guardiães. Repousa os seus espíritos.
Joan:
Não! Eu preciso da sua energia. – Disse sentindo um poder como ainda não
experienciara desde que reconhecia a sua capacidade espiritual como um dom.
Seth:
Rebecca, pensa no sofrimento pelo qual os fazes passar. Eu ajudo-te. Nós juntos
conseguimos. Agora repousa os seus espíritos!
Com
um gesto da sua mão, Joan, libertava a energia concentrada em si, acalmando o
tumulto do cofre à medida que acalmava a sua mente.
Pegou
no pedaço de cabelo que guardara, pousou-o sobre o pódio, junto do seu grimório,
fechou os olhos, concentrou-se e começou, então, o feitiço de localização… Com
este concluído, incrédula, olhou para Mikhael proferindo…
Joan:
A Rose está na biblioteca da escola…
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