Se me amas… diz-me! (T1 Ep.9-4)
Rose:
Bem, os rapazes estão mesmo empenhados, só resta a Dianne no jogo!
Monic:
Estão empenhados, estão. Luta de galos.
Joan:
Como assim? O Mario é o único que está a proteger uma rapariga, os outros estão
apenas a exibirem-se.
Monic:
Sim foi isso que quis dizer. – Olhou disfarçadamente para a Sofie e
instantaneamente eu corei. A Monic é extremamente observadora, decerto que eu
não era a única a saber o segredo de Charlie. – Rose, estávamos aqui a
desenvolver uma ideia para fazer com que o Mario e a Dianne tenham um momento a
sós…
Rose:
Estou dentro! O que têm em mente?
Monic:
Fazemos uma festa da fogueira.
Rose:
Ok…
Sofie:
Temos de nos separar para ir buscar as coisas!
Rose:
Ah. Ok, ok! Já fizeram o plano para quem vai buscar o quê?
Joan:
Quando acabarem o jogo já tratamos disso.
Richard,
Miguel, Mario e por fim a Dianne, um a um foram sendo eliminados, consagrando-se,
assim, Charlie o vencedor!
Charlie:
Dianne, parabéns!
Dianne:
Oh, obrigado, mas o mérito não foi meu!
Miguel:
Aqui o nosso pinga-amor sacrificou-se pela sua donzela! – Agora quem corou
foram mesmo a Dianne e o Mario.
Monic:
Meninos, o que me dizem a prolongarmos este último fim-de-semana de Setembro
com uma pequena festa da fogueira?
Charlie:
Estou dentro! Rapazes bora tratar da comida!
Rose:
Nós tratamos das mantas…
Joan:
E das tochas!
Dianne:
Nós tratamos da madeira.
Monic:
Desculpa Dianne, mas a Sofie vai com a Rose e eu com a Joan.
Sofie:
Tem de ficar um dos rapazes.
Charlie:
Mario, importaste?
Mario:
Não, claro que não!
Tinhas
de ver a cara da Dianne, parecia que queria um buraco para se esconder.
Charlie:
Dianne?
Dianne:
Também não. – Com o olhar envergonhado acenou a Charlie.
Charlie:
Pronto, então estamos orientados. Até já, portem-se bem.
Portar-se
bem para a Dianne não era problema, o problema era deixar-se levar pelo
momento, algo que ela não conseguia fazer. É demasiado focada nos seus objectivos
e muito exigente consigo própria. A nossa esperança estava no Mario, que fosse
ele a dar o primeiro passo.
Mario:
Por onde queres começar?
Dianne:
Desculpa?!
Mario:
Os paus, para a fogueira…
Dianne:
Hum… Sim! Vamos até a zona verde, dividimo-nos por lá.
Mario:
Está bem!
Em
silêncio percorreram a praia até à zona verde. Subiram a rampa e nem uma
palavra proferiram até chegarem junto das árvores.
Dianne:
Importas-te de cobrir aquele lado? Eu cubro este.
Mario:
Não era melhor se ficássemos juntos?
Dianne:
Desculpa?!
Mario:
Eu desculpo. Gostava de saber o que te passou pela cabeça, pela segunda vez,
mas desculpo. Está a escurecer, sentia-me melhor se ficássemos juntos a apanhar
os paus! – O sorriso disfarçado não disfarçava coisíssima nenhuma o tom de brincadeira.
Dianne:
Não passou nada que possas estar a pensar.
Mario:
Eu não pensei em nada…
Dianne:
Óptimo, eu também não!
Dianne
parecia estar a ficar furiosa, quando, provavelmente para espanto dos dois, Mario
a agarra junto a si, colocando uma mão no seu tronco e a outra no seu pescoço,
beijou-a e Dianne, pela primeira vez, deixou-se levar.
Mario:
Dianne…
Dianne:
Sim…
Mario:
Desculpa! – Disse num tom sério e um pouco nervoso. “Boa! Continua…” - Agora
sei como te magoei, olhando para ti quase que não reconhecia a doce e alegre
menina por quem me tinha apaixonado…
Dianne:
Desculpa? – Agora estava mesmo furiosa. Virou costa e, enquanto balbuciava,
começou a procurar pelos paus.
Mario:
Não espera… Desculpa! Eu… - A sua voz estava tremida, todo ele estava nervoso, contudo
havia nele uma luz tão intensa. – Eu amo-te e saber que te magoei, me magoa
também. Apaixonei-me por quem foste e ainda mais por quem és… – Abrir assim o
coração pode ter consequências negativas, muito sérias. Este é o risco que
poucos se atrevem a pisar. Por mais pequena que fosse a farpa, deixaria marcas.
Quando estamos magoados, dizemos coisas só para magoar também, mas esta é uma
daquelas alturas em que depois de o dizeres não há como o retirar. Estava na
mão da Dianne o destino dos dois, ainda mais importante, o coração de Mario. –
Por favor, diz qualquer coisa.
Comentários
Enviar um comentário