As pedras memoriais (T1 Ep.9-14)

No interior do ginásio Joan não só tentara avistar o Charlie como pela sua mente chamava por Mikhael.

Seth: Rebecca, o que estás a fazer?

Joan: Trouxeste a Simona contigo?!

Seth: Não, eu e a Simona temos um acordo, ela não se aproximará.

Joan: Então temos um grande problema para resolver! Atacaram a Rose hoje e não acho que tenha sido por acaso.

Seth: O quê? Como está ela? Como não vos ouvi!? – Com a questão de Mikhael a expressão de Joan mudara… - O que fizeste?

Joan: Ela está bem. Consegui detê-lo… Até já sei quem pode ter sido! Aquelas duas… - Tamanha era a raiva na voz de Joan que, embora, Mikhael, compreendesse a origem do desdém perante Anna e Elizabeth, não compreendia que a sua doce irmã se deixasse consumir por tal.

Seth: Estais diferente Rebecca, a magia negra está a apoderar-se de ti! Tens de parar com os feitiços complicados e deixar a tua energia evoluir com o conhecimento e não ao contrário.

Joan: Eu preciso proteger a Rose, tenho de encontrar o Charlie e levá-la para casa. Retirar-lhe a lembrança desta noite…

Seth: Não te vou deixar fazê-lo, não outra vez!

Joan: É a única forma de a proteger. Se começa em busca por respostas, vai-se deparar com aquelas duas novamente. E serão bem capazes de tudo para me forçar às suas vontades.

Seth: Rebecca, peço-te, reconsidera. Elas não têm qualquer magia. Se ficar por perto posso protege-la.

Joan: E eu é que ajo por capricho! Adeus meu irmão. – Disse ao, finalmente, avistar Charlie.

Seth: Rebecca…

Joan: Charlie! Charlie!

Charlie: Oi? Então Joan, bela fatiota! Imaginava-te mais uma SpiceGirl…

Joan: Obrigado Charlie. A Rose não está-se a sentir bem, importaste de a levar até casa?

Charlie: Claro que não! Onde é que ela está?

Joan: Anda, eu levo-te até ela!

E juntos percorreram o salão da festa até aos balneários. A Joan manteve-se sempre alerta. Pelo seu olhar procurava Anna e Elizabeth, porém, chegaram até mim sem que as visse.

Charlie: Então, minha bebedolas.

Rose: Hum… Charlie, não me estou a sentir bem, podes levar-me a casa?

Charlie: Levo sim, anda. – Deu-me o braço e dirigiu-nos para o carro.

Ao ver-me tão fragilizada Seth seguiu-nos até à porta do ginásio, sem conseguir ir mais adiante disse num tom baixo. – Rebecca… - Imaginando ser a sua irmã que o detinha naquele recinto. Nada conseguiria fazer para impedir Joan de prosseguir com as suas intenções.

Durante a viagem até casa não consegui deixar de me sentir zonza, mas ao chegar à minha cama senti um certo alívio. Senti estar no meu refúgio e a certeza de ir sonhar com ele, de ver o seu rosto, acalmou a minha ânsia.

Joan: Obrigado Charlie, eu trato dela.

Charlie: Veste-lhe o pijama e dá-lhe um copo com água e açúcar. Foi sorte virmos cedo, não apanhamos a minha mãe. Caso contrário estás a ver o filme…

Joan: Não te preocupes, ela está bem entregue!

Com o reboliço o Kat, que dormia na sua cama, despertou e, depois do Charlie sair, saltou para a minha, aninhando-se entre mim e a Joan.

Joan: Desculpa Rose, mas até ter a certeza que compreenderás ficas mais segura se não te recordares desta noite e... – Com um gesto da sua mão, fez esta pedra lilás aparecer, era lá que as minhas memórias ficariam retidas… E com uma carícia no Kat disse num tom de despedida. - Ignis toma conta dela…

Aconchegou-me com a roupa da cama, olhou uma última vez para mim e para o Kat, encostou a porta do quarto e desceu as escadas de acesso ao piso inferior. Ao chegar junto da sua mota colocou o capacete, olhou para a janela do meu quarto e seguiu caminho para a Biblioteca Ancestral.

Dirigiu-se, de imediato, a um dos cofres-fortes, abriu um baú antiguíssimo, lá dentro estavam quatro pedras, belas e cintilantes. Aqui, neste baú, guardou uma pedra mais.

Joan: Espero que no teu coração um dia me consigas perdoar…

Fim do 9º Episódio – Halloween “A Verdadeira Identidade”