A minha festa de Anos (T1 Ep.8-13)

  Nem acredito! É hoje, quinze anos! Está tudo pronto para a minha festa, estou super nervosa, contudo o medo que sentia das atenções, o medo que me punha com os suores quentes e frios, esse medo, esse receio não está presente. Sinto esta estranha confiança, esta estranha vontade de estar no meio dos meus convidados. A ideia se ser o centro das atenções não me fragilizou como esperava! Estou pronta!
Ao descer as escadas as meninas já me aguardavam, todas, menos a Joan.
Sofie, Monic e Dianne: Parabéns Rose!
Rose: Muito obrigado meninas.
Dianne: Os convidados já estão a chegar…
Rose: Vamos até lá fora meninas! Andem!
Ao chegarmos ao jardim da parte de trás da casa este apresentava-se deslumbrante, as luzes penduradas davam de facto um toque especial à decoração. Olhei em redor, super entusiasmadas, algumas caras conhecidas já se entretinham pelas diversas actividades. Mas havia uma cara em especial que o mistério da sua ausência crescia a cada minuto.
Monic: A Joan, Rose?
Rose: Deve estar a chegar! Há pouco mandou-me mensagem a dizer que estava atrasada.
Enquanto descíamos as escadas vários acenos na nossa direcção se dirigiam, tal como Elizabeth, que apesar de estranho, se aproximou com uma reacção muito própria de quem nos conhecesse há muito. O seu à vontade era notável.

Elizabeth: Muitos parabéns Rose, trouxe-te um pequeno mimo!
Rose: Obrigado Elizabeth!
Elizabeth: O teu jardim está incrível! A decoração é linda, tem aqui sem dúvida o talento da Dianne!
Dianne: Obrigado pela consideração, mas todas ajudamos. Pela nossa Rose vale tudo a pena.
Elizabeth: Amizades assim são preciosas. - Esboçando um sorriso de quem tinha o que pretendia, Elizabeth voltou a felicitar-me e seguiu para junto de Anna. - Bem, não vos ocupo mais. Mais uma vez parabéns Rose e obrigado pelo convite.
Rose: Obrigado. Meninas, vou só colocar o presente junto dos outros.
Dianne: Modéstia à parte, está, realmente, fantástica! O dom das nossas mãozinhas e a maravilhosa visão da nossa Rose! A perfeita combinação.
Joan: Deu trabalho, mas está muito bonita, sim senhora?
Rose: Joan, chegaste!
Joan: Parabéns Rose!
Rose: Obrigado! Andem, vamos dançar.
A Joan acabara de chegar, porém, não me parecia assim tão presente. Enquanto dançávamos o seu olhar vagueava, como se buscasse alguma coisa ou procurasse alguém! Com um sorriso disfarçava a preocupação, porém, conheço-a melhor que isso.
Rose: Está tudo bem, Joan?
Joan: Já chegaram todos os convidados?
Rose: Sim. Espera, já sei, queres ver os presentes!? Estão lá dentro junto do Bolo de Aniversário.
Joan: Ah, ok! Podíamos cantar já os parabéns!
Rose: Está bem, cantamos os parabéns e depois abro os presentes.
Joan: Boa! Se alguém tiver de ir embora mais cedo, assim não perde o bolo.
Rose: Estás um pouquinho estranha.
Joan: Não estou nada, é impressão tua. Vá, vou buscar o bolo. Cara de surpreendida!
Não era impressão minha! Ela estava agindo de uma forma esquisita. A sua insistência não era tão inocente quanto tentava demonstrar. Entrou pela porta da cozinha e seguiu para o escritório. Ao passar pelos presentes, o sorriso que disfarçava a preocupação desapareceu, deixando transparecer a certeza de algo estranho num dos embrulhos.

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