Quando o passado nos persegue (T1 Ep.7-7)

   Ao proferir aquelas palavras a Sofie tomou consciência de algo terrível. Era ela a miúda nova que provocara a separação entre Dianne e Mário.
   Agora estava oficialmente curiosa para saber o que se passou nessas férias de verão…
  A Dianne olhou para os dois incrédula. Parecia que estava a reviver o passado, o seu melhor amigo aos risinhos, todo feliz da vida com a miúda nova do colégio, sem sequer cruzar o olhar consigo. A sua força a segurar as lágrimas era evidente. Eu nunca tinha visto a Dianne chorar e hoje não foi o primeiro dia. Sem uma única palavra, virou costas e em passo acelerado dirigiu-se para a encosta…
   Sofie: Dianne, espera!
  Monic: Sofie, não. – Com um pequeno toque no braço de Sofie a Monic impediu-a de ir atrás da Dianne e continuou. - Deixa-a ir! Ela precisa do seu espaço neste momento.
   Sofie: Mas…
   Monic: Acredita, ela só precisa de um momento.
   Charlie: Então meninas, o que se passou? Não percebi!
   Mário: Se calhar deva ir embora!
   Miguel: Onde é que vai a Dianne?
   Charlie: Alguém importa-se de me explicar o que se está a passar aqui? 
   Richard: Então, não vamos comer?
   Monic: A Dianne já volta, não se preocupem. – Se há alguém que conhece a Dianne, é sem dúvida a Monic. Ela tem estado com a Dianne desde sempre, são primas, vizinhas e estiveram sempre juntas na escola. A Monic tinha uma perspectiva desta história diferente da Sofie, contudo não se atrevia a julgar. 
   Estávamos todos preocupados, mas a expressão na cara do Mário era de ternura e constantemente olhava na direcção da Dianne como se esperasse o seu regresso. A pergunta que me passava pela cabeça era se esperava que regressasse para a mesa ou para ele.
   Joan: Alguém quer vir à casinha?
   Rose: Eu vou contigo!
Rose e Kat
  Por breves momentos saímos e quando estávamos de regresso a Dianne, também, já vinha na direcção da nossa mesa. Antes de alcançarmos o nosso espaço, alguém chamou pela Joan, era a Elizabeth.
   Elizabeth: Joan! Joan!

   Joan: Olá Elizabeth, tudo bem?
   Elizabeth: Olá, sim está tudo bem!
   Joan: Elizabeth, Rose! Rose, Elizabeth!
   Rose: Olá.
  Elizabeth: Olá. Desculpem interromper assim, mas a Sara mostrou-me o conjunto que te comprou, o biquíni com a mala!? Eu queria um igual, em azul. É possível?
   Joan: Eu… Eu acho que sim! Fazemos assim dás-me o teu contacto e ainda hoje te confirmo, pode ser?
   Elizabeth: Claro, aqui tens. Muito obrigado!
   Joan: Eu é que agradeço.
   Enquanto a Elizabeth se afastava a Joan reteve-me um pouco mais. Estava embaraçada, com um ar de culpa.
   Joan: Desculpa Rose, fiquei sem jeito, tu tens o trabalho e eu fico com os louros.
   Rose: Não tens que ficar! Temos as duas trabalho. Ajudamo-nos mutuamente e afinal o projecto é nosso.
   Joan: Sim, mas…
  Rose: Mas nada. És social, querida por todos e com razão, tens tido, praticamente, todo o trabalho das entregas. É normal que te identifiquem como uma das caras da marca! Para além do mais, sem ti nem teria tido a coragem para começar. Diz a Elizabeth que é possível encomendar em azul e que na próxima semana entregas.
   O que desconhecíamos eram as verdadeiras intenções de Elizabeth.
   Elizabeth: Vês? Com paciência! Conquistando a sua confiança e descobrindo as suas fraquezas.
   Anna: Ela não te pressentiu! Nem te reconheceu!
   Elizabeth: Oh minha querida, já estás a entender. Nós vamos ter a nossa vingança, prometo-te.

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