Um Amor Incondicional (T1 Ep.6-12)
Estranha
como ela só, mas lá lhe fiz a vontade! A Joan não deixava de ter razão, era de
facto mais rápido cada uma fazer uma coisa. Porém, sentir o Seth tão perto e
nem poder dizer um “olá” era uma tortura para mim! Eu sei, eu sei, “teen
drama”, mas não consigo evitar, o coração quer o que o coração quer! No meio
dos meus pensamentos apercebi-me… “A Joan conhece-o, claro que sim! Foi na
“casa da sua avó” que o vi pela primeira vez! Conhece-o de certeza. E foi só
depois de olhar para a banca que insistiu tanto para ir sozinha. Hum… Não posso
crer que, também, esteja rendida aos seus encantos!” Agora sim, tornou-se num
verdadeiro “teen drama”!
Enquanto
esperava na fila, embrulhada nos meus pensamentos, para deixar o nosso cofre na
segurança do Festival, o que se passava fora do edifício era completamente
diferente…
Joan: Mi… Mikhael?!
– O receio da sua reacção a reprimia no seu tom. As últimas palavras que
dirigira a seu irmão estavam presentes no seu pensamento. E o remorso de tal
momento a induzia a redimir-se.
Seth: Olá Rebecca!
Joan:
Posso falar contigo? É só por uns momentos!
Seth:
Claro!
Joan:
Eu sei que é só um pormenor, mas, por favor, trata-me por Joan, pode ser?!
Seth:
Pode com certeza! – A Joan notou a frieza na voz de Mikhael, apesar de compreender
que as suas últimas palavras para com ele o tinham magoado e muito não podia
deixar que alguém o ouvisse a chamá-lo por outro nome que não fosse Joan.
Joan:
Eu sei que a minha reacção te magoou e eu queria pedir-te desculpa! – Sem
conseguir esconder a sua emoção, os olhos de Joan se encheram de lágrimas. -
Desculpa por não compreender, por ter proferido palavras tão horrendas…
Seth:
Não tens de pedir desculpa, eu deveria ter esperado que estivesses preparada…
Joan:
Não! Apenas posso imaginar a solidão, a dor por que tens passado estes séculos,
mas não meu irmão, não precisas esperar mais por mim, eu estou aqui para ti,
agora sei, agora compreendo… - Joan já não era tão ingénua quanto ao mundo real
em seu redor, este último mês tinha ganho uma força e conhecimento para além da
imaginação. Já não era tão fraca e ao abraçar Mikhael, sentiu o que realmente
ele era, mas mais do que isso, viu flashes da sua memória recente e, é claro,
descobriu que eu tinha estado no Mausoléu da sua família. – Mas… Tu e a Rose?
Quando é que isto se passou?
Seth:
Estás a falar de quê?
Joan:
Não te faças de desentendido, sabes muito bem!
Seth
Eu não sou telepático “Joan”, apenas consigo ler a tua mente se a abrires para
mim! E contigo isso é um pouco difícil, estás fechada em copas, nem deixas a
tua melhor amiga entrar.
Joan:
Ela sabe sobre nós? Recuperou as suas memórias?
Seth:
Bem, isso deves saber melhor do que eu! Tu é que tens estado com ela.
Joan: Oh, muito
engraçadinho! – E, com uma mão, agarrou o braço de Seth fazendo-o ajoelhar-se e
com outra mão agarrou-lhe a cabeça. – Se não me contas descubro sozinha.
Seth:
Vejo que não mudaste, bem-vinda de volta Rebecca…
Joan:
Joan!
Seth:
Está bem, “Joan”! Mas o que quer que seja que fizeste não o voltes a fazer!
Joan:
O menino prometeu não contar nada, por isso é que estava a ficar nervosinho. Pronto,
desculpa, mas precisava saber o que sabes. Eu amo-te meu irmão,
incondicionalmente, e amo, igualmente, a Anastacia como uma irmã, não posso
deixar que o passado se repita! Com o tempo vamos tê-la de volta, se forçarmos
só irá piorar.
Seth:
Eu sei querida irmã, eu sei… - Ao ouvir o som da minha voz interrompeu o que ia
a dizer. E num piscar de olhos desaparecera.
Comentários
Enviar um comentário