Nada no Mundo apagará a lembrança de ti (T1 Ep.7-2)
A
Joan sabia o que se seguiria ao recuperar as minhas memórias e temia pela minha
vida, pela dor que sentiria, pela incompreensão, acima de tudo temia que se
repetisse o passado!
Meses
passaram desde que o seu espírito encarnado recupera memórias das suas vidas
passadas. A Joan experienciara todo o processo, sabia que não eram apenas
imagens, todo o seu corpo vivenciava cada flash em fracção de segundos.
Demasiadas emoções para um único momento, poderiam levar uma pessoa à loucura.
Toda a magia que usara e poderia usar para proteger o meu regresso, não
poderiam prever o futuro. E de todos os caminhos que poderia ter escolhido
naquele momento, este foi o que escolheu.
Joan:
Vamos lá, confessa, quem é ele?
Rose:
Oh, lá estás tu. Ele quem?
Joan:
Quem te tem deixado assim aluada, que até te fez esquecer as tuas amigas?
Rose:
Não me fez esquecer de vocês…
Joan:
Aha! Apanhei-te! Vá, vá, conta lá!
Rose:
Esta bem, mas promete que não ficas chateada!
Joan:
Prometo. Agora conta. – A sua resposta na altura deixou-me intrigada. Foi muito
rápida em concordar! O que eu não sabia é que a Joan já sabia a verdade, mas
queria ouvir da minha boca. Uma espécie de teste, talvez.
Rose:
Ok! Lembraste de quando desapareceste por um dia inteiro? Na verdade, foi mais
de um dia, mas enfim, voltando ao ponto importante, lembraste? Depois da sessão
fotográfica em tua casa…
Joan:
Sim, quando estive em casa da minha avó! O que tem?
Rose:
Eu fiquei realmente preocupada e quando acordamos que acabaram-se as desculpas,
as mentiras eu estava a falar a sério. Portanto aqui vai. No Domingo seguinte,
como disseste que ias lá almoçar, estava à espera, escondida, nas terras da tua
avó, a Sra. Beatrice. Desculpa, não aguentava mais aquela situação. Eu sei que
me estás a esconder algo, mas se não queres falar do assunto eu respeito! Só
que não estava a aguentar, agora sei que tem a ver com o Mausoléu, eu vi-te entrar,
porém não te vi sair…
Joan:
Eu…
Rose:
Não, não precisas justificar. Quando estiveres realmente pronta e quiseres
partilhar eu estarei aqui para ti. Deixa-me continuar… Quando te segui e entrei
no Mausoléu da tua família, não estavas lá, pouco depois, alguém chamou do
exterior, esse alguém estava à procura da sua irmã, Rebecca, mas encontrou-me a
mim e desde então que não o consigo tirar do meu pensamento.
Joan:
Desculpa, o quê?
Rose:
Eu sei que o que fiz está errado e peço desculpa por, de um certo jeito, ter
criado alguma pressão, mas não posso deixar de sentir que devia estar ali,
naquele preciso momento.
Joan:
De quem é que estás a falar? Irmã Rebecca? Estás a falar do Sr. Mikhael, o
jardineiro?
Rose:
Não, Seth! Oh Joan, a sua presença, aquele olhar, foi uma noite mágica…
Joan:
Seth!? Rose, ele é muito mais velho!
Rose:
Assistimos ao concerto, depois seguimos para o relvado para assistir ao fogo-de-artifício
e como não havia maneira de vocês aparecerem ele fez-me companhia até casa,
queria certificar-se que chegava bem.
Joan:
Oh Rose, estás completamente apaixonada, não é?
Rose:
Não foi desse jeito. Não posso negar que estou rendida aos seus encantos. Mas
apenas conversamos, desfrutamos da companhia um do outro. Eu estava a tua
espera e ele da irmã. Senti-me tão segura…
Joan:
Humhu. Essa carinha diz tudo.
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