O alívio da partilha (T1 Ep.7-3)

Estava aliviada por ter confessado à Joan a minha pequena aventura em busca de respostas, mas não conseguia deixar de ter este sentimento de que muito mais tinha ela para confessar.
Sem prolongar o assunto, pegamos no material que recolhemos durante o festival e dirigimo-nos para a sala de estar. Com o encerramento deste ontem e com a quantidade de papelada que tínhamos em mãos para orientar e analisar, não treinamos hoje. Depois desta semana, estávamos a precisar descansar um pouco mais, para além disso, faltam apenas três semanas para o início das aulas. O que significa que temos apenas esta semana para adiantar trabalho, porque as outras duas vão ser muito preenchidas. Já vês do que estou falando.
Joan: Oh… Cá está ele. O meu afilhado mais lindo!
Rose: É o único que tens!
Joan: Pois é e é tão lindo, tão fofo! – “Não minha linda, não é o único que tenho. Mas esta é uma história para outro dia.” Com as minhas palavras, a Joan não consegui deixar de pensar na vida que tínhamos antes de nos colocar neste caminho, antes, muito antes desta que vivenciávamos agora.
Rose: Jooan…
Joan: Desculpa! Ele está tão grande já. Está mesmo muito bonito.
Rose: Pois está, resultado de muito amor e carinho…
Joan: Muito amor e carinho… Humhu!
Rose: Oh, vá lá deixa-te disso. Temos imenso trabalho pela frente.
Charlie: Olá meninas! – Oh não, pensava que o meu irmão já tinha saído. Com o sentimento de que fomos apanhadas, completamente, visível nas nossas caras, eu e a Joan olhamos uma para a outra sem saber o que dizer, ou fazer, ao que o Charlie diz... – Estejam descansadas! Eu conheço-te muito bem Rose e têm o meu apoio. Eu guardo o vosso segredo.
Rose e Joan: Obrigado Charlie. Adoramos-te.

Charlie: Não sejam graxistas. – Com um sorriso nos lábios, continua. – Kat! Anda, vamos deixar as meninas trabalhar.
Apesar do Charlie nos ter descoberto, teve um timing perfeito, foi como uma lufada de ar fresco, um corte definitivo no assunto de ontem.
Rose: Tive uma ideia! O que dizes a fazermos uma avaliação de nós como promotoras deste projecto e das oportunidades e ameaças que nos envolvem? Como estamos fresquinhas desta experiência, temos um ponto de vista. Depois de analisarmos os dados que recolhemos, fazemos novamente para compararmos perspectivas.
Joan: Hum… Estou a perceber. Pode ser! Por onde começamos, então?
Rose: Antes de irmos para a banca do Festival de Verão já tinha pensado em fazermos esta análise, com tanto trabalho entre mãos não deu, mas tenho aqui uns impressos já feitos. É só preenchermos os quadrados.
Joan: Está bem!
Rose: Temos de ser completamente realistas está bem?
Joan: Claro que sim.
   A ideia do que queríamos estava bem assente e como ao trabalhar nela desenvolvemos praticamente um anteprojecto começamos a criar o nosso plano de negócios. Antes de avançarmos mais queríamos ver a viabilidade do nosso projecto.
Tínhamos imenso trabalho pela frente. Iriamos fazer uma primeira análise das nossas forças e fraquezas como promotoras do nosso próprio projecto. Depois, introduzir os dados dos inquéritos e avaliar os mesmos. Teríamos ainda de avaliar as informações que obtemos das outras bancas e pegar nos pontos que poderíamos usar para melhorar o nosso serviço. Tínhamos de fazer as estatísticas desta semana e juntar com os dados que já tínhamos. E por fim, fazer uma nova análise de nós e comparar com a primeira. Uma semana pode parecer muito tempo, todavia, neste momento parecia-me muito pouco.

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