A Conspiração (T1 Ep.6-13)
Rose:
Joan?! Joan?!
Joan:
Estou aqui!
Rose:
O que fazias ali?
Joan:
Oh, quero ir ao WC, mas estava cheia e a fila não é pequena.
Rose:
Nem fostes ao bar, pois não!
Joan:
Ainda não! Vamos buscar as bebidas agora?
Rose:
Sim! – Olhei em redor, procurei junto das bancas de restauração, mas já não o
vi. – E que tal se arranjarmos bebidas no recinto do concerto?
Joan:
Também pode ser. Vamos então!
A
minha esperança continuava acesa, até fiquei um pouco mais do que pretendia,
mas em vão, já não o vi no resto da noite, nem nos dias que se seguiram. - “O
que se passa comigo!? É estranho estar com esta sensação de procura, como se
ele por mim quisesse ser encontrado!” - Durante toda a semana o meu entusiasmo
era notório, contudo a minha inquietação também. Dia a pós dia não conseguia
deixar de sentir que o Seth estava por ali perto, não conseguia deixar de ter a
esperança de que era naquele dia que o ia ver.
E
como os dias iam passando, a minha esperança de o voltar a ver também. Estava
neste Festival com um único objectivo, descobrir se o meu projecto e da Joan tinha,
como se costuma dizer, pernas para andar. Todo o drama do “Seth” estava a distrair-me
um pouco. Não que não estivesse focada, mas não estava empenhada tanto como
podia, por causa da ilusão que eu criara em volta daquela imagem imponente e
magoada ao mesmo tempo. Talvez nem fosse encanto, talvez fosse apenas compaixão
por aquele individuo que se apresentou com um olhar tão cheio de dor, talvez
fosse apenas simpatia pelo carinho e compreensão que me mostrou, mesmo sabendo
que não devia estar ali, talvez…
Facto
é que o teria de isolar do meu pensamento e dedicar-me por completo a esta
oportunidade, para a qual tinha trabalhado tanto.
Rose
e Kat
(Lua Cheia) Quarta-feira, 21 de Agosto
Mais
duas presenças eram assíduas neste Festival, todavia, estas sem qualquer intenção
de o apreciar. Puramente a sede de vingança as guiava, isto era o que Anna
pensara. Manipulara Elizabeth, ensinara-lhe os prazeres da vida pelos seus
olhos e agora a aluna ultrapassara a mestre.
Elizabeth:
Como elas se divertem…
Anna:
Agora, podemos apanha-lha agora!
Elizabeth:
Não minha querida, ela pode não nos reconhecer, mas não deixa de ser uma bruxa e
como a lua está cheia, também cheia está a sua energia!
Anna:
Mas pelo que esperamos então? É a altura ideal para a forçar a quebrar a minha
maldição e depois…
Elizabeth:
E depois perdemos a única vantagem que temos, expondo-nos! Não sabemos a sua
força…
Anna:
Tiramos-lhe tudo o que é mais querido e ela se renderá.
Elizabeth:
A seu tempo, minha querida, a seu tempo! Temos de estudar bem os seus
movimentos e perceber as suas fraquezas. Convence o Francis a vir fazer-te uma
visita.
Anna:
Isso não será problema!
Elizabeth:
Com ele do nosso lado a balança fica mais equilibrada.
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