Na propriedade da Avó da Joan (T1 Ep.6-4)
Domingo, 21 de Julho
Não
seria, exactamente, até segunda-feira! Ah pois não! Se a resposta ao mistério
da Joan residia na propriedade da sua avó, então de hoje não passava! Acordei
bem cedo e preparei-me para seguir para lá. Eu sei que não é o mais correcto, porém,
de que outro jeito poderia obter respostas se a Joan não se abre comigo! Se
insiste em pedir confiança sem a retribuir. Não era o mais correcto, mas iria
em frente com o meu plano.
Não
conheço muito bem esta propriedade, sinceramente, desde que conheço a Joan,
acho que nunca cá vim. Sempre que vi a Sra. Beatrice foi em algum evento ou na
casa da Joan ou num lugar público, por isso tinha de encontrar uma forma de
ficar o mais perto possível da entrada sem ser vista.
Em
plena luz do dia não era fácil passar despercebida, contudo, os jardins
abundantes, de uma certa forma, facilitavam o ocultar da minha presença, o mais
difícil era conseguir passar entre tanta vegetação. Um corte aqui, um arranhão
ali, mas lá consegui entrar e me esconder junto de um arbusto com boa
visibilidade para a entrada. Aguardei alguns minutos, que mais me pareceram
horas. Estava a tremer, não sei se era do medo ou da adrenalina que percorria o
meu corpo.
Quando
a Joan chegou, estava à espera que fosse em direcção à mansão, como me disse
que ia almoçar cá, mas não o fez, em vez disso contornou-a, atravessou o jardim
das traseiras, subiu umas escadas que davam acesso a uma área privada da
família e entrou no que me pareceu ser um Mausoléu. Esta era uma área ampla,
para subir as escadas decerto que me viam a única maneira era tentar subir,
sempre junto ao muro, onde tinha a vegetação mais grossa.
Não
estava muito perto, mas conseguia ver bem a entrada do Mausoléu. Uma vozinha me
dizia para ir em frente, ir ter com a Joan e ajudá-la no que precisasse,
contudo, a lembrança da sua imagem, como se estivesse destroçada, a pedir para
confiar nela me reteve.
Esperei
escondida atrás de um arbusto e continuei à espera. Com o passar do tempo o medo
de ser descoberta intensificou-se, “e se me encontrarem como me desculpo?!” A
curiosidade do porquê da Joan demorar tanto não me deixava ir embora e o
impulso de ir em frente estava cada vez mais forte.
Decidi,
então, seguir os seus passos até aquele pequeno monumento e nele entrar. Para
meu espanto… Não havia uma única alma viva aqui. Um arrepio percorreu-me a
espinha no momento em que a chamei. - Joan!? – Sem mais nenhuma porta, além da
que se encontrava atrás de mim, como é que ela não estava ali?
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