Nos encontramos de novo (T1 Ep.5-2)
…Apesar
do seu sentido inalterável, existem aqueles que se baseiam nesta simples
palavras, com um grande valor, como a “amizade”, para usar e manipular os mais
vulneráveis, que sem qualquer conhecimento do seu verdadeiro significado caem
numa armadilha sem retorno.
E
uma dessas pessoas é Elizabeth. Em tempos no papel que coloca a que outrora se
aproveitara da sua ingenuidade. Esta sem qualquer intenção de desistir da sua
busca por vingança, tinha agora a sua aliada nesta expugnação, Anna, a sua
melhor amiga que acabara de chegar de Paris. E enquanto eu e as meninas nos
divertíamos, ambas, irredutíveis no objectivo da sua presença nesta festa, observavam-nos,
mantendo em controlo os sentimentos que a mente não perdoara, nem esquecera.
Embora
Anna tivesse sido conhecida, no seu tempo, por ser uma sábia e temida
ocultista, alquimista, praticante de rituais de magia negra, no século XV uma poderosa
bruxa de magia branca sacrificou a sua pureza para a capturar, condenando esta
a uma eternidade sem magia. Durante noventa e nove anos alimentaria o mundo dos
espíritos, no centésimo ano despertaria e por apenas um ano poderia caminhar no
mundo dos vivos, findo o qual todo o ciclo se repetiria. Este seria o seu castigo, a sua maldição, por toda a eternidade.
Por muito tempo, Anna, sustentou o ego de
Elizabeth, tornando-a numa excêntrica em busca da juventude eterna, pois Anna
conhecia o segredo para tal conquista. E quando o partilhou com Elizabeth, esta
ficou sedenta por mais! Ambas rejubilavam na tristeza de outros, nos seus
infortúnios. Durante o século XV foram responsáveis por inúmeros crimes
hediondos. O sangue de jovens saudáveis era a chave para a juventude eterna. Mas
a ambição de Elizabeth cresceu! Aquando da captura de Anna, Elizabeth sentiu-se
impotente, vulnerável, sentimentos que não queria voltar a sentir. Não! Elizabeth
já não queria apenas a juventude eterna, queria mais, queria ser indestrutível.
E para isso precisava de uma bruxa muito poderosa, capaz de se expor ao
sacrifício… Uma como a Grande Bruxa Branca!
Elizabeth:
Ali está ela! Sempre tão sorridente, tão segura de si. Está exactamente como a
conheci, tirando o facto de não me reconhecer de todo.
Anna:
Não é possível, tu viste-a morrer, certo? – E num ataque de raiva Anna quase
punha em risco o plano de Elizabeth. – Eu vou lá, não pode ser ela…
Elizabeth:
Calma, não te precipites! – Disse segurando a mão de Anna ao de leve,
elevando-a deu-lhe um beijo suave. – A princípio também não quis crer, mas
tenho seguido cada passo seu e acredita é mesmo ela… Stella está de volta. Isto
é uma oportunidade. Não ponhas tudo a perder.
Anna:
Não te reconhece? Com toda a sua magia, ela não possui as memórias do passado.
Ela está a fingir! Aquela pequena fedelha.
Elizabeth:
Talvez seja melhor nós irmos! Anda, vamos embora.
Anna:
Eu…
Elizabeth:
Chérie, por favor.
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