Tornaste-te a minha obsessão (T1 Ep.5-3)

   Ambas saíram da festa passando pelo completo despercebido. Ninguém ali presente poderia ter previsto o destino a ser submetido por estas. Cada passo de Elizabeth era planeado com demasiada cautela. Cada vítima sua era escolhida com um propósito e com base no seu passado. E nenhuma ponta era deixada ao acaso, memória alguma dos actos que cometera seria usada para revelar a verdadeira identidade de Elizabeth ou de Anna.
Ao chegarem a casa de Elizabeth, Anna ainda se negava a acreditar no que os seus olhos viram. A responsável pela sua prisão vagueava por este mundo, sorrindo, festejando a vida sem consciência do que fizera. A sua raiva por tal possibilidade despontava muito mais do que o desejo de vingança.
Anna: Como é possível?! Ela está morta, ela está morta! Tu garantiste-me! – Com tamanha ansiedade, Anna deslocava-se para um lado e para o outro, balbuciando palavras, invadida por tal fúria, capaz de destruir uma aldeia inteira por pura maldade e obsessão.
Elizabeth: Anna, chérie, acalma-te! Sim, eu vi asseguro-te. Teria tratado do assunto com as minhas próprias mãos, mas a bruxinha, com a ajuda dos seus amiguinhos do além, manteve as suas terras protegidas contra as almas perversas. Sem um coração puro não entrarias. Com a sua morte se desfez o feitiço e foi assim que recuperei o teu corpo. Nenhum dos Irmãos conseguiu identificar a âncora ao teu feitiço…
Anna: Eu quero arrancar-lhe a cabeça!
Elizabeth: Chérie, concentra-te! Isto é uma oportunidade. Precisávamos de uma bruxa do seu sangue e agora temos a própria! E… – Reteve-se nas suas palavras. Seus pensamentos vaguearam pela sua juventude, altura em que crescera numa pequena vila, protegida por uma família local, família essa que a acolhera e cuidara. Seus olhos repletos de maldade por um momento reflectiram tristeza ao se recordar de Katarina. Com o chamar de Anna, focou-se no seu plano. Sabia agora que ambas estavam de regresso, Stella e Katarina, a protegida da Grande Bruxa Branca, pelo pouco que sabia. E pensou para si “é demasiado bom para ser coincidência. Elas crescem um pouco mais todos os dias, não são imortais, é certo! Não sei a magia que usou, é forte disso tenho a certeza. Ambas estão vivas e juntas…”
Anna: Elizabeth?!
Elizabeth: Diz-me como estava o Francis?
Anna: Oh, o meu querido Francis. Completamente apaixonado!
Elizabeth: E como pensas que vai ficar quando souber que te vai perder?
Anna: Completamente desesperado! – Disse esboçando um sorriso maldoso.

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