Não estás em ti (T1 Ep2-5)

Sábado, 1 de Junho

Hoje é o dia Mundial da Criança e por vários pontos da cidade há actividades para toda a família passar um dia muito especial e divertido!

Com os preparativos para o desfile e para o baile quase finalizados, a tarefa principal deste fim-de-semana é distribuir panfletos e afixar cartazes, para que todos os pais e alunos venham visitar os expositores dos trabalhos de verão e dos festivais.

A Dianne está encarregue da criação e orientação dos grupos para as tarefas a desempenhar e, como não podia deixar de ser, nós estamos todas presentes para a apoiar e ajudar.

Quando chegamos à escola, a Joan e eu, verificamos o nosso grupo, nos placares à entrada do ginásio e seguimos para a reunião. A Joan tem estado um pouco agitada, não sei o que se passa, ela não o diz. Durante esta semana pareceu que não descansou nada, chegava à escola com os olhos negros, implorando descanso, contudo o seu ar cansado mantinha-se atendo e preocupado. Talvez a ideia de abrir o baile com um desfile agora lhe pareça demasiado trabalho acumulado com todo o restante que temos para fazer e com receio de falhar ao comprometido nada diz a respeito.

Os olhares, que cruzavam comigo, pareciam observar-me como se quisesse dizer algo, mas, ao mesmo tempo, é como se esperasse que eu reagisse primeiro. Ela não está em si ultimamente e eu começo a ficar, realmente, preocupada!

Dianne: Obrigado a todos por terem vindo! Estamos a uma semana do início da feira e a duas do baile. Então o que vos peço é que aproveitem o dia de hoje para distribuírem os panfletos pela cidade e durante o resto da semana. Quando terminarem os que têm podem ir à Associação buscar mais.

Sofie: A Dianne podia dirigir esta escola. As suas capacidades de planeamento e organização são espantosas! – Um pensamento que a Sofie partilha comigo ao admirar o trabalho exaustivo que a Dianne tem feito nestas últimas semanas. E eu não podia estar mais de acordo.

Rose: Podes crer… - Num tom ainda mais baixo acrescentei. – Ela poderia dirigir uma empresa, podia nos ajudar…

Sofie: Não percebi!

Rose: Não, nada. Foi só uma ideia…

Dianne: Hoje vamo-nos dividir em três grupos. Comigo ficam os da decoração, para finalizarmos. Com o Charlie ficam os que vão distribuir os panfletos pela cidade. E com a Johana fica quem vai afixar os cartazes pela escola.

Com a introdução das tarefas, todos os que se reuniam no ginásio, dispersaram em direcção dos líderes de grupo. Por alguma razão a Joan mudou para o grupo do Charlie. E sem dizer nada a respeito, depois de falar com a Dianne seguiu para a rua…

Joan: Dianne, eu sei que estou na decoração, mas há problema de ir com o grupo do Charlie? Só por hoje! Tenho umas voltas para fazer e assim fico adiantada.

Dianne: Claro, não há problema.

A Elizabeth, que estava no grupo da Johana, esgueirou-se atrás do grupo do Charlie ao aperceber-se da troca que a Joan fizera. Esta estava determinada em descobrir se Joan e Stella eram a mesma pessoa, ou não. E então seguiu-a até ao estacionamento.

O grupo do Charlie já estava orientado por ele para carregarem os carros e seguirem para o centro da cidade. Como a Joan ainda não sabia em que carro ia, ao ver o carro do Charlie com as caixas ainda por carregar começou, então, a arruma-las no porta-bagagem, enquanto esperava por ele. Vendo-a meio desorientada, Elizabeth não perdeu a oportunidade para, talvez, esclarecer algumas das suas dúvidas. De uma coisa estava certa, a imagem que se apresentava diante de si era uma cópia perfeita de Stella…

Elizabeth: Eu ajudo…

Joan: Obrigado!

Elizabeth: De nada! Joan, certo?

Joan: Sim.

Elizabeth: Eu sou a Elizabeth. Engraçado como andamos tanto tempo nos mesmos corredores e nestas alturas vê-se tantas caras novas.

Joan: Pois é Elizabeth, a união faz a força. Quando é preciso todos dão o seu contributo.

Elizabeth: É verdade! 

Charlie: Obrigado meninas! Entra Joan, dou-te boleia até ao centro. A Dianne já me pôs a par da tua troca.

Joan: Obrigado Charlie! Vens connosco Elizabeth?

Elizabeth: Não! Obrigado, mas já estou orientada. - Fascinada com a semelhança entre Joan e Stella afastou-se do carro, dando-lhes passagem, pensando… - “Como é possível tamanha semelhança!?”